O Castelo de Balmoral, tradicional residência de verão da família real britânica, foi fechado inesperadamente ao público nessa segunda-feira, 4, imediatamente gerando especulações sobre a movimentação do rei Charles III. Em comunicado oficial, a administração do castelo alertou visitantes a evitarem deslocamentos até o local devido à tempestade Floris, que atinge a região das Terras Altas da Escócia com ventos de até 145 km/h. A medida emergencial veio acompanhada da promessa de reembolso a todos os que haviam comprado ingressos para os próximos dias, marcando um encerramento antecipado da temporada de visitas, que normalmente se estenderia até 10 de agosto.
O fechamento coincide com o padrão histórico da realeza, que utiliza Balmoral como retiro privado durante o verão. Desde o reinado da rainha Vitória, o castelo tem servido como refúgio estival da monarquia, tendo sido palco de eventos históricos e, mais recentemente, o local da morte da rainha Elizabeth II em 2022. O rei Charles, desde sua ascensão ao trono, manteve essa tradição, alternando estadias entre Balmoral, Birkhall e o Castelo de Mey, este último localizado ao norte, próximo à costa do Mar do Norte.
Nos últimos dias, o rei foi visto em Thurso, onde participou de um evento oficial da Autoridade de Descomissionamento Nuclear. Esse compromisso se deu durante o período em que o Castelo de Mey permaneceu fechado ao público, entre 24 de julho e 8 de agosto, reforçando indícios de que Charles estaria hospedado ali antes de seguir para Balmoral. A movimentação sugere uma transição planejada para o castelo nas Terras Altas, que costuma abrigar o monarca e seus familiares durante as semanas finais do verão.
Embora a família real não confirme formalmente os itinerários pessoais de seus membros, o padrão de fechamento das residências reais costuma servir como indicativo de sua presença. A antecipação do encerramento de visitas em Balmoral, junto da coincidência de datas com o fechamento de Mey, aponta para o início da temporada de verão da realeza na Escócia. A tempestade Floris, por sua vez, impôs um fator extra de urgência, justificando a decisão de restringir o acesso ao público por motivos de segurança.
Enquanto os turistas que planejavam visitar Balmoral nos próximos dias lidam com a frustração da suspensão, os observadores da monarquia britânica enxergam no episódio mais um capítulo da rotina cuidadosamente administrada da família real. O silêncio estratégico sobre o paradeiro de Charles é parte da etiqueta palaciana, mas os sinais estão dados: o verão escocês da realeza britânica começou, e Balmoral está prestes a retomar seu papel como o coração simbólico da monarquia fora de Londres.
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