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De volta a São Paulo depois de dez anos morando na praia do Espelho, Joana Vieira encontrou uma casa com espaço de sobra para manter vivo o alegre lifestyle baiano e acomodar toda sua arte – além dos sete cachorros

Por Thayana Nunes para a Revista J.P
Fotos Romulo Fialdini

Que tal trocar um refúgio de frente para o mar na paradisíaca praia do Espelho, no litoral da Bahia, por uma casa na frenética São Paulo? Não foi uma decisão fácil, mas, depois de viver por dez anos em solo baiano, a paulistana Joana Vieira está de volta à sua cidade. Para “amortecer” a mudança, portanto, a artista plástica precisava encontrar um canto com espaço – tanto para expor sua arte, rica em cultura brasileira e sincretismo religioso, quanto para acomodar seus sete cachorros. Com a ajuda de amigos, achou uma casa estilo imperial no bairro Cidade Jardim, construída pelo arquiteto Júlio Neves nos anos 1950. “Fiquei encantada com o piso de tábua larga, os janelões, as árvores e essa vibe de fazenda. Preciso do contato com a natureza. É uma questão de sobrevivência ter esse verde todo perto de mim”, diz.

O jardim virou ponto central do novo endereço e serve de base para os constantes encontros com amigos, daqueles que só Joana sabe fazer – quem já frequentou as festas promovidas por ela, em seu ateliê no Quadrado, entende o clima. O espaço ganhou charme com deque + sofá, poltrona, pufes e abajur em formato de abacaxi, uma homenagem a Carmen Miranda. “Ela é um ícone que admiro, pela mistura de cores e pela ousadia. Representa todo o tropicalismo do Brasil”, diz.

O espírito alegre parece dominar a morada toda, repleta de cores e boas histórias. Enquanto as poltronas Luís 15, compradas em um brechó, foram revestidas por flores de chita, os móveis de madeira, dos anos 1950, são herança dos avós. Tem ainda uma vitrola que virou relíquia depois de agitar mil e um momentos da vida de Joana e um altar com direito a uma santa do século 17. O endereço também serve de inspiração para os trabalhos de Joana, que montou ali seu escritório nada convencional.

Nas estantes, uma profusão de santos, fitas, rendas, pincéis e livros dividem espaço com desenhos feitos por ela quando tinha cerca de 7 anos. “Não tenho hora para criar. As ideias vêm e eu logo vou atrás das peças”, conta ela, que estava com saudade da vida prática de São Paulo. “Apesar de no interior [o ateliê principal de Joana fica em Itu] e na Bahia a mão de obra ser muito boa, aqui tem tudo o que preciso. E queria muito ver a internet funcionando todos os dias… e o telefone também! O meu de Trancoso está chiando há dois anos e ninguém sabe o porquê”, diz, rindo. E, aos que já achavam que a Bahia não seria a mesma sem Joana, ela avisa: “Tenho a alma baiana. O verão e os feriados eu passo por lá. Meu ateliê no Quadrado vai continuar!”.

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