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LARGADA

As mesas “Ao Correr da Pena” e “De Frente pro Crime” marcaram o início da programação da Festa Literária Internacional de Paraty na manhã desta quinta-feira, depois da conferência do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e do show de abertura na noite de quarta.

No primeiro debate, que reuniu o crítico literário Edson Nery da Fonseca, o ficcionista Moacyr Scliar e o historiador Ricardo Benzaquen em torno do tema “Ao Correr da Pena”, discutiu-se o “valor literário” de Gilberto Freyre, o homenageado desta oitava edição do evento. Enquanto Fonseca usou como exemplo um comentário de Manuel Bandeira sobre o poema “Bahia de Todos os Santos e de Quase Todos os Pecados”, de Freyre, para afirmar seu “valor literário”, Scliar admitiu que seu “legado ficcional” não o entusiasma. E Benzaquen se deteve na obra ensaística do antropólogo.
Colocar em discussão o “valor literário” de Freyre a esta altura me pareceu entrar no velho debate sobre o que é literatura. Quem poderá duvidar da literariedade de seus textos, não importando de qual gênero eles sejam? Já gostar ou não de sua ficção é outra questão.
O “valor literário” de Gilberto Freyre em discussão
A SEGUNDA MESA…

“De Frente pro Crime” reuniu a norte-americana Lionel Shriver e a brasileira Patrícia Melo, para debater a linguagem da violência em seus romances “We Need do Talk About Kevin” e “Ladrão de Cadáveres”, respectivamente.

A obra de Shriver tem como tema o massacre de Columbine e é baseado nas reflexões de uma mulher a respeito da maternidade, diante do trágico fato de que seu filho foi um dos dois jovens que, em abril de 1999, mataram a tiros doze colegas e um professor numa escola do Estado americano do Colorado.

Já a história de “Ladrão de Cadáveres”, de Patrícia Melo, é ambientada em Corumbá, na região do Pantanal mato-grossense. O narrador-protagonista é um ex-gerente de uma central de telemarketing, despedido depois de agredir uma funcionária que acabou cometendo suicídio. Deprimido, ele troca São Paulo por Corumbá a convite de um primo e acaba testemunhando a queda de um avião no rio Paraguai.
A linguagem da violência: uma questão entre Lionel Shriver e Patrícia Melo

Por Ana Lee

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