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Fábio Assunção engata, aos poucos, um retorno merecido à TV e ao cinema. O ator estrela em janeiro a minissérie "Dalva e Herivelto", da Globo, e no dia 28 desfila no tapete vermelho do Festival do Rio com o filme "Bellini e o Demônio". Glamurama entrevistou o ator sobre o longa, que estreia no país em outubro. Vale lembrar que esta é a segunda vez que Fábio vive o detetive criado por Tony Bellotto, nas adaptações ao cinema, cujos roteiros se basearam nos livros "Bellini e a Esfinge" e "Bellini e o Demônio".

* "Bellini e o Demônio" é considerado uma sequência do primeiro filme?

"Não vejo como uma continuação. São bem diferentes nas linguagens, estéticas, narrativas, fotografias e processos de construção e filmagem. Havia no primeiro longa uma narrativa policial fiel ao conteúdo do livro e ao espírito do Tony, um fã do gênero: um detetive, um caso, um mistério a ser desvendado e todos os ingredientes que um filme policial tem para se tornar crível – submundo, sexo, armas, perseguições, sedução e charme. Já em ‘Bellini e o Demônio’, a loucura e a obsessão são presentes, o que o leva a desconstruir a figura do detetive."

* Qual a diferença deste Bellini para o personagem que vimos em 2001?

"Para interpretar o primeiro Bellini respeitei a linguagem do filme noir, construí um personagem silencioso e ativo, sem deixar de lado o conflito interior, os medos e o ponto de vista frente à crueldade daquele universo perverso e perigoso. Este novo roteiro me inspirou a aprofundar mais a alma do Bellini sem me preocupar com o entorno. Mergulhei em sua dura solidão, o desespero, a busca frenética por um livro cheio de significados místicos. Seu corpo está fraco, a energia essencialmente orgânica e os desejos, desajustados… Portanto, busquei desenhar a dimensão de um mundo paralelo, monocromático, silencioso, cru e doloroso."

Fábio Assunção: mais uma vez na pele do detetive Bellini

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