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NIEMEYER: DE CORPO INTEIRO
O lançamento do livro “Oscar Niemeyer 1999-2009”, com os principais projetos do arquiteto nos últimos dez anos, fez lembrar uma entrevista que ele deu para Clarice Lispector, e que está publicada em “De Corpo Inteiro” (Rocco) – uma seleção de 35 entrevistas realizadas pela escritora, na década de 1960, para as revistas "Manchete" e "Fatos e Fotos".
Ao entrevistar personalidades do meio cultural e científico, Clarice faz um retrato minucioso de cada um, mas, atrás de suas perguntas também deixa escapar um interessante perfil de si mesma. “De Corpo Inteiro” é um livro necessário para todo estudante de jornalismo.
Quanto a Oscar Niemeyer, Clarice o descreve como “um homem com maneiras simples, sem vaidades, sem formalismos, com o olhar um pouco melancólico, um pouco desiludido e cansado”. Certamente, ela não imaginou que Niemeyer pudesse, aos 101 anos, ainda estar trabalhando. No entanto, algumas das perguntas feitas pela escritora são incrivelmente atuais:
Acha que Brasília (…), em sua essência, atenderá ao ideal democrático que sua arquitetura pretendeu quando a planejou?
Niemeyer
– A arquitetura não impede nem sugere determinada política. No Palácio do Planalto, por exemplo, previ uma tribuna externa e dela, infelizmente, o povo brasileiro nunca ouviu as decisões que reclama. Mas somos otimistas. Um dia ela terá utilização justa. Afinal, o Palácio é do povo e as minorias dominantes não poderão subsistir.

Oscar, qual seria a solução arquitetônica que você daria às favelas cariocas?
Niemeyer –
Nenhum arquiteto consciente se propõe a resolver o problema das favelas. Sabe que a miséria decorre da injustiça social e que o êxodo do homem do campo em busca dos grandes centros tem sua origem na situação desesperada de exploração e miséria que há séculos o persegue. Trata-se, portanto, de um problema social que somente uma modificação de base poderá resolver. (…)

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