
O relógio marcava 20h30, o show estava agendado para começar às 21h e nada dos convidados de João Gilberto chegarem ao Auditório Ibirapuera, nessa quinta-feira. Parecia até que eles já sabiam que o compositor iria atrasar exatos cem minutos. A noite estava calma e sem tumulto… Até a chegada de Wagner Moura, que foi muitíssimo assediado. Depois disso, de um minuto para o outro, parece que todo mundo resolveu aparecer – ou se fazer fotografar – no auditório: Marília Gabriela, Danuza Leão, Junior Lima, Nelson Motta, Hector Babenco e por aí vai… Até lotar!
* Glamurama quis logo saber se Wagner tinha algum disco de João Gilberto em casa. “Tenho um, sim, aquele com a Camila Pitanga na capa…”, respondeu. Ele se referia a “João Voz e Violão”. Já Hector Babenco contou pra gente qual é a música que mais gosta do compositor: “Ééé… ‘Doralice’!”.
* Marília Gabriela, que chegou ao lado do fotógrafo Jordi Burch, que muitos juram ser seu affair, pulou o assunto “bossa nova” e contou que novela não está em seus planos. “Tenho um livro para lançar e uma peça para ensaiar. Nem penso em TV no momento”. Cláudia Faissol, mulher de João, chegou logo em seguida, mas a filha de quatro anos da dupla, Luísa, já estava por lá no colo de uma tia. Glamurama até tentou falar com ela, mas o paredão formado pela assessoria do cantor não deu espaço pra ninguém. Foi marcação cerrada.
* Junior Lima, que chegou com uma turma de roqueiros, foi sensacional ao responder à nossa pergunta: já pensou em gravar uma música de João Gilberto? “Eu não teria a audácia. E já tinha ido a algum show dele? “É a primeira vez.”
* Às 21h todo mundo estava na sala – alguns, inclusive, dormindo nas cadeiras! Zuza Homem de Mello, preocupado com o atraso todo, surgiu no áudio para anunciar que o avião havia decolado do Rio de Janeiro, João já havia aterrissado em São Paulo e agora era uma questão de tempo para ele chegar. E nisso foi mais de uma hora e meia…
* João entrou no palco e foi logo se desculpando. Disse que estava sem energias por conta de uma viagem recente para Nova York. Falou também que ama São Paulo – em inglês – e colocou seu violão para tocar, entre muitos clássicos, as músicas “Doralice”, “O Pato”, “Lígia”, “Desafinado”, “Chega de Saudade”, “Samba de uma Nota Só”, “Garota de Ipanema” e “Chove Lá Fora”, que abriu o bis de meia hora de duração. Aliás, ele repetiu a música inteirinha. Isso, sim, que é um bis…
* E para quem esperava um João Gilberto mal-humorado, a resposta veio em sorrisos à platéia, flertes a São Paulo, homenagens a antigos parceiros e até um elogio declarado ao criador do Maksoud Plaza, Henry Maksoud. Melhor ainda foi ouvir uma história sobre o dia em que ele perdeu a voz e foi salvo pelo médico Pedro Bloch, especializado em fonoaudiologia – outro homenageado. E assim se seguiu a noite de bossa nova, com 20 pérolas musicais e mais alguns bis. Sorte de quem estava lá. Para ver mais fotos, clique aqui.