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||Créditos: Verena Smit/Revista J.P

 

||Créditos: Verena Smit

O universo de Mariana Prates é cheio de peculiaridades. Da moda que faz à que veste, tudo tem um toque original

Por Julia Furrer   Fotos Verena Smit

Mariana Prates tem um jeito todo particular de se relacionar com a moda. Dona da marca de camisolas Paul & Mary – que aposta em tecidos especiais como seda, algodão italiano e cover de linho –, ela cria suas coleções com calma, em quantidade limitada e sem se preocupar com as estações do ano ou tendências. Com passagem pela extinta Raia de Goeye, a carioca não consegue se imaginar em outro universo que não seja o de suas roupas feitas para ficar em casa, carregadas com um ar etéreo. Suas estampas são criadas a partir de referências de um vasto repertório de filmes, livros e lugares. Nesse sentido, ser casada há dez anos com o diretor de cinema e teatro Felipe Hirsch acaba ajudando. “Ele faz arte desde os 15 e sempre tem palpites certeiros, que me estimulam e me fazem ir além”, conta. As últimas camisolas, por exemplo, foram inspiradas nos Parangolés de Hélio Oiticica e nos figurinos de Hélio Eichbauer para o filme “Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro”, de Glauber Rocha. Tudo tão cool e elegante que dá vontade de usar na rua mesmo.

A estilista, formada em jornalismo, nunca se imaginou trabalhando com moda e foge do estereótipo fashionista – mas nem por isso gosta menos do assunto: “Sou apaixonada. Devoro livros e revistas, gosto de ver vitrines e de falar sobre o tema, mas consumo poucas coisas”, revela. Acostumada a apostar em peças atemporais – bons jeans, boas camisas e algumas camisetas e saias longas –, lembra que não se vestia igual às amigas quando adolescente: “Todo mundo achava estranho porque eu aparecia na turma usando um blazer antigo da minha mãe com sandália de dedo”. Hoje em dia, Mari, que ainda recorre ao armário materno, vai ao shopping raramente, quando tem alguma ocasião especial, e, mesmo assim, não é sempre que consegue achar algo que goste. Para isso, tem dois ou três vestidos curingas e um smoking que usa na maioria das festas que vai.

O estilo clássico com boas pitadas de despojamento tem tudo a ver com sua personalidade. Aos 39 anos, ela não usa muita maquiagem, deixa o cabelo secar ao natural e não é muito fã de saltos. É bonita e descolada assim mesmo, sem se esforçar. E precisa de mais?

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