Pré-candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, o empresário João Doria não tem como estilo alimentar intrigas de correligionários contra sua candidatura, mas responde aos que tentam apontar as recentes declarações de Geraldo Alckmin não como apoio direto, mas apenas como um gesto afável e amigo. Questionado se entendeu a declaração do governador, num jantar em dezembro, de fato como um apoio explícito, Doria argumentou: “A única pessoa a quem ele destinou uma frase, um conjunto de valores e referências foi a mim. Não fez a outros. Interprete como desejar, mas o único pré-candidato a quem ele destinou a sua opinião, a sua referência, a sua avaliação, numa frase ou num conjunto de frases completas e valores ativos, foi a meu nome”.
Porém, Doria acrescentou que, desde o início de sua pré-campanha, o governador deixou claro que respeitaria qualquer resultado de uma prévia. “Ele foi muito explícito de que respeita as prévias, e que não faria o ungimento de um candidato, ou seja, não desejaria fazer, como não fez, um candidato oficial. Mas a manifestação da sua simpatia e da sua preferência é um direito que ele tem.”
Mas então João Doria é ou não é o ungido de Alckmin? “Não, não é. Não há o ungido de Geraldo Alckmin. Nem eu advogo isso, nem eu pedi isso, nem o governador manifestou isso. Acima de tudo eu quero ser o candidato do PSDB. E o candidato do PSDB é o que vai vencer as prévias. E, ao vencer as prévias, você será o candidato de todos.”
Quando mencionou a simpatia a Doria, Alckmin fez uma analogia: “Victor Hugo dizia, João, que nada segura a ideia de que chegou o seu tempo. E eu quero dizer que ficarei muito feliz se esse tempo for João Doria para trabalhar por São Paulo”.
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