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O final do desfile || Créditos: Paulo Freitas

Já era sabido o tema do desfile de verão 2017 da Cavalera – o sertanejo e suas vertentes -,  mas pouco se sabia sobre como essa ideia, vinda de uma marca da qual o DNA sempre foi o rock’n’roll, seria apresentada na passarela. Pois bem: Alberto Hiar, o diretor criativo da marca, mostrou o resultado nessa terça-feira no Tom Brasil, levando ao palco da casa de shows e à enorme passarela 28 cantores, como Fernando (da dupla Fernando e Sorocaba), Thaeme e Thiago, Milionário, Marciano e o Trio Parada Dura. Luciano Camargo, da dupla Zezé Di Camargo e Luciano, um dos confirmados, simplesmente não apareceu.

Alberto Hiar contou para Glamurama como chegou a essa ideia. “Tudo parte da construção do tema. Quando começamos a pensar nas matérias primas e em pequenos detalhes, no meio de tudo isso surgiu a ideia de convidar cantores sertanejos para desfilar”, conta. E nenhum dos 28 cantores ganhou para desfilar e cantar ao vivo. “Não tem um centavo de cachê, nenhuma exigência por parte deles. Paguei três passagens, eu acho, e ninguém pediu mais nada”, explica ele, todo orgulhoso.

“Quando eles aceitaram o convite eu pensei ‘espera lá, isso vai ser grande’, e a coisa começou a tomar uma proporção maior do que o esperado. Era mais do que vestir modelos com a roupa do tema sertanejo, isso seria mais fácil e eu sofreria menos quando me perguntassem sobre o motivo pelo qual uma marca que sempre foi rock se voltaria para um tema como esse”, continua Hiar, que chegou a cogitar fazer o desfile no Auditório do Ibirapuera para um público de 10 mil pessoas, o que deixou, na época, sua equipe de assessores de cabelo em pé. “Decidimos fazer o desfile numa casa de shows e na mesma hora veio a ideia de contratar o Zé Carratu, amigo meu grafiteiro, artista plástico que virou cenógrafo. Ele cuidou da cenografia do desfile, contratamos um produtor musical e aí a história virou um show”, entrega. Carratu já assinou a cenografia de shows da Anitta e Diogo Nogueira.

A grandiosidade da apresentação, que estava marcada para às 21 horas, mas começou com uma hora de atraso, era visível. Mais de 2,5 mil convidados lotaram mezaninos, plateia e frisas da casa de shows que está acostumada a receber apresentações musicais de peso como Maria Bethânia e Gal Costa. A aglomeração começava logo na entrada e antes dos portões que davam acesso às cadeiras abrir, hits sertanejos como “Tocando em Frente”, de Daniel, e “Coração Sertanejo”, de Chitãozinho e Xororó, davam o tom. A apresentação contou com 51 looks, entre masculinos e femininos. No backstage, os cantores ocuparam seis camarins.

Quando a cortina levantou, um berrante abriu a noite e veio uma projeção de Jair Rodrigues, em participação no programa “Canja”, de 2013, cantando a música “Disparada”. A plateia ficou arrepiada. Logo em seguida os músicos convidados entravam no palco/passarela, cantando a música e se digirindo ao tablado montado nas laterais. Um a um, os 28 convidados se juntaram numa espécie de coral, fazendo a trilha ao vivo enquanto os modelos entravam e saíam da passarela montada só para a apresentação.

Cantaram “Majestade o Sabiá”, “Ainda Ontem Chorei de Saudade”, “Menino da Porteira” e “Moreninha Linda”, só para citar algumas. Ao fundo, os convidados gritavam e aplaudiam. Depois da fila final e de Alberto ser recebido de pé e ovacionado pelo público, os músicos continuaram o show, desta vez cantando “Romaria”, “É o amor” e “Evidências” – a música final, que ganhou até coreografia do público.

Giulia Gam, Jairzinho Oliveira, Paulo Borges e o cantor Otto foram alguns do convidados da noite. O apresentador João Gordo também estava lá e antes da última música, saiu com as mãos sobre os ouvidos. “Esse é o maior desfile que já fiz desde que a Cavalera desfila e eu acredito que é o mais bonito até hoje. Espero fazer outros, melhores e mais bonitos. E o interessante na Cavalera é isso: surpreeender. Esse é nosso objetivo: quebrar paradigmas, mostrar que existem outros mundos à nossa volta”, desabafou Hiar.

(Por Matheus Evangelista)

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