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Lucia Flecha de Lima
Lucia Flecha de Lima || Créditos: Reprodução
Lucia Flecha de Lima || Créditos: Reprodução

Não é comum que embaixatrizes brasileiras se tornem famosas, tampouco é normal que elas desenvolvam relações pessoais com os familiares de chefes de estado dos países onde estão instaladas. A mineira Lucia de Flecha de Lima, que ao lado do marido, Paulo Tarso Flecha de Lima, representou o Brasil em Londres entre 1990 e 1993, conseguiu os dois feitos. Conhecida entre os amigos pela elegância e discrição, ela ficou famosa ao se tornar confidente da princesa Diana nos anos em que residiu nos números 14-16 da Cockspur Street, na região central da capital inglesa, o local que serve de base para a diplomacia brasileira no Reino Unido e que já foi o endereço onde se compravam as passagens para o Titanic.

Considerada a maior celebridade do planeta naqueles tempos, Diana escolheu a brasileira para se abrir assim que descobriu que o príncipe Charles, com quem foi casada entre 1981 e 1996, a traía com Camilla Parker-Bowles. Também era para Lucia que a princesa de Gales contava detalhes de sua infância traumática, repleta de discussões entre os pais dela, que acabaram se separando, e para quem confessou que o primogênito da rainha Elizabeth II foi o grande amor de sua vida. A ligação das duas foi tão forte que elas mantiveram contato mesmo após a transferência de Paulo Tarso para Washington, em 1993, ao ponto de a princesa viajar para os Estados Unidos apenas para passar o boxing day (o primeiro dia após o Natal) na companhia do casal.

Das embaixadas que ocupou com o marido – eles também ficaram em Roma entre 1999 e 2001 – só faltou a de Paris para que completassem o chamado “Circuito Elizabeth Arden”, termo criado em homenagem à cosmetologista e empresária canadense de mesmo nome, referência de glamour no início do século 20, para se referir às embaixadas do eixo Londres-Washington-Paris-Roma, consideradas as com mais prestígio e, portanto, as preferidas por embaixadores e embaixatrizes.

Por onde passaram, deixaram sua marca, e tal como o Barão do Rio Branco no início do século passado, e Oswaldo Aranha, no Pós-Guerra, Lucia e Paulo Tarso, que sempre atuaram em conjunto, usaram a diplomacia para “vender o Brasil” aos estrangeiros, e tiveram um papel importantíssimo na abertura econômica do Brasil a partir da década de 1990. De volta ao país em 2001, eles fixaram residência em Brasília, onde viveram juntos até a morte dela, neste domingo, aos 76 anos, em decorrência de um câncer muito agressivo descoberto no fim de 2016.

Constantemente assediada por órgãos de imprensa e até por editoras de livros, principalmente as britânicas, para contar tudo sobre o período mais agitado de sua vida – leia-se os anos ao lado de Diana – Lucia negou todas as ofertas, e sempre deu a entender que sentia falta da princesa, mas não do universo de conto de fadas no qual ela vivia. O casamento de William e Kate Middleton, em 2011, ela assistiu pela TV, já que não foi convidada para a cerimônia, algo que explicou com bom humor. “Eu era amiga da mãe do noivo e quem distribuiu os convites foi o pai dele. Mas se eu tivesse ido, nem teria com quem conversar”, a ex-embaixatriz disse na ocasião. (Por Anderson Antunes)

Lucia e Diana, juntas em um evento em Londres nos anos 1990 || Créditos: Reprodução

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