Publicidade
Jose Mayer || Créditos: TV Globo

José Mayer divulgou nesta terça-feira carta aberta na qual diz que errou ao fazer “brincadeiras de cunho machista” com colegas. O ator foi acusado de assédio sexual pela figurinista Susllem Meneguzzi Tonani. O relato foi publicado por ela na madrugada de sexta-feira no blog #AgoraÉQueSãoElas, da “Folha de S.Paulo”.

“Carta aberta aos meus colegas e a todos, mas principalmente aos que agem e pensam como eu agi e pensava: Eu errei. Errei no que fiz, no que falei, e no que pensava”, diz Mayer no início da carta, divulgado por sua assessoria de imprensa.

“A atitude correta é pedir desculpas. Mas isso só não basta. É preciso um reconhecimento público que faço agora. Mesmo não tendo tido a intenção de ofender, agredir ou desrespeitar, admito que minhas brincadeiras de cunho machista ultrapassaram os limites do respeito com que devo tratar minhas colegas. Sou responsável pelo que faço”, continuou. “Tenho amigas, tenho mulher e filha, e asseguro que de forma alguma tenho a intenção de tratar qualquer mulher com desrespeito; não me sinto superior a ninguém, não sou.”

Na carta, o ator também atribuiu suas atitudes à geração que pertence: “Tristemente, sou sim fruto de uma geração que aprendeu, erradamente, que atitudes machistas, invasivas e abusivas podem ser disfarçadas de brincadeiras ou piadas. Não podem. Não são.”

Se comprometeu também a mudar sua postura. “Aprendi nos últimos dias o que levei 60 anos sem aprender. O mundo mudou. E isso é bom. Eu preciso e quero mudar junto com ele. Este é o meu exercício. Este é o meu compromisso. Isso é o que eu aprendi.”

Por fim, pediu que a figurinista Susslen, assim como suas colegas e toda a sociedade, “o entendimento deste meu movimento de mudança. Espero que este meu reconhecimento público sirva para alertar a tantas pessoas da mesma geração que eu, aos que pensavam da mesma forma que eu, aos que agiam da mesma forma que eu, que os leve a refletir e os incentive também a mudar. Eu estou vivendo a dolorosa necessidade desta mudança. Dolorosa, mas necessária. O que posso assegurar é que o José Mayer, homem, ator, pai, filho, marido, colega que surge hoje é, sem dúvida, muito melhor.”

José Mayer”

Confira aqui a opinião de Leticia Sabatella, a primeira pessoa pública a se posicionar sobre o caso, em entrevista ao Glamurama.

VOCÊ TAMBÉM PODE GOSTAR

Trump, Hollywood e um déjà-vu que ninguém pediu

Trump, Hollywood e um déjà-vu que ninguém pediu

Trump tenta ressuscitar a franquia Rush Hour ao se aproximar de investidores e de Brett Ratner, num movimento que parece mais político do que cinematográfico. A proposta mistura nostalgia, estratégia cultural e a tentativa de reabilitar nomes controversos, mas enfrenta um mercado que não demonstra demanda real por um quarto filme. O episódio revela mais sobre a necessidade de Trump de reafirmar sua persona pública do que sobre qualquer impulso criativo em Hollywood.

Instagram

Twitter