Publicidade
Ney Matogrosso, Ivete Sangalo e Chico Buarque
Ney Matogrosso, Ivete Sangalo e Chico Buarque || Créditos: Leo Marinho
Ney Matogrosso, Ivete Sangalo e Chico Buarque || Créditos: Leo Marinho

Foi uma edição atípica a vigésima oitava do Prêmio da Música Brasileira, essa quarta-feira no Theatro Municipal do Rio. Sem patrocínio, sem cenário – mas até que ficou bonita a iluminação sobre os fundos do palco com tapumes, extintores e outros elementos de backstage à mostra… Ah, também não teve festa pós nem coquetel pré – cada um pagava sua bebida, pastel de forno, amendoim. E houve venda de convites. “Foi feito na raça e no amor extremo”, avisou em alto e bom som Zelia Duncan, que dividiu o posto de mestre de cerimônias com Maitê Proença – essa teve até um probleminha com o microfone durante a noite.  Na abertura, o próprio José Maurício Machline, idealizador do evento, fez questão de falar com a plateia sobre como a crise afetou o espetáculo e comentou sobre a campanha #vaiterpremio nas redes sociais. Faz parte…

O homenageado dessa vez foi Ney Matogrosso. Ivete Sangalo arrasou cantando “Sangue Latino”. Karol Conka foi de “Homem com H”. As duas – verdade seja dita – empolgaram bem mais que Chico Buarque em “As Vitrines”, que foi gravada por Ney. Talvez por terem escolhido hits mais vibrantes… De qualquer forma, Chico é sempre Chico. O dueto de Laila Garin e Alice Caymmi não decolou em “Bomba H”. Laila estava impecável, mas Alice – que levou o troféu de melhor DVD – acabou desafinando. As duas terminaram o número dando um selinho depois do verso “seu estopim é o beijo”.  Lenine – em “Bicho de Sete Cabeças”- e Pedro Luis – em “O Mundo”- foram outros craques que emprestaram suas vozes para o repertório de Ney. E ele próprio encerrou a noite com um medley de tirar o fôlego: “Bamboleô”, “Rosa de Hiroshima”, “Balada do Louco” e “Pro Dia Nascer Feliz”, lembrando sua parceria com Cazuza.

Roberta Sá e Bruno Kott, Maitê Proença com Zelia Duncan, Dira Paes, o selinho de Alice Caymmi e Laila Garin e Zeze di Camargo com Graciele Lacerda || Créditos: Leo Marinho

Uma solução para a falta de estrutura que permitiu ter vários artistas bacanas apresentando as categorias? Eles – Caetano Veloso, Gilberto Gil, Camila Pitanga, Deborah Secco, Lazaro Ramos, Paolla Oliveira, Regina Casé… – apareceram em vídeos caseiros gravados com celular anunciando os concorrentes. Nenhum deles estava “de corpo presente” no evento.

#premiodamusicabrasileira – encerramento da edição em homenagem a #NeyMatogrosso ??#baladadolouco

A post shared by Michelle Licory Conde (@milicory) on

Muitas ausências foram sentidas: Maria Bethânia, eleita melhor cantora de MPB, e Maria Gadu, melhor cantora de pop, Tom Zé, que ganhou como melhor álbum pop e melhor canção, Alceu Valença, melhor cantor regional… Zezé di Camargo e Luciano foram vitoriosos na categoria “dupla”, mas só Zezé apareceu por lá. Outros premiados da noite?  Todos esses foram: Lenine, melhor álbum de MPB e melhor cantor de MPB, Roberta Sá, melhor cantora de samba, Zeca Pagodinho – ovacionado -, melhor cantor de samba, Ivete, melhor cantora, Alessandra Maestrini, melhor álbum em língua estrangeira, e Elza Soares, melhor álbum, aplaudida de pé e com direito a troféu delivery feito por Maitê para ela na plateia, por conta de suas dificuldades de locomoção. Giovanni Bianco ganhou a estatueta de “melhor projeto visual” por “Amor Geral”, de Fernanda Abreu.

Na plateia, Dira Paes, Vik Muniz e Malu Barretto, Martinho da Vila, Baby do Brasil, Dennis Carvalho, Bela Gil, João Bosco, Gringo Cardia e Gloria Maria, para citar alguns. Vem ver o que rolou por lá na nossa galeria de fotos, aqui embaixo! (por Michelle Licory)

[galeria]4487091[/galeria]

VOCÊ TAMBÉM PODE GOSTAR

Trump, Hollywood e um déjà-vu que ninguém pediu

Trump, Hollywood e um déjà-vu que ninguém pediu

Trump tenta ressuscitar a franquia Rush Hour ao se aproximar de investidores e de Brett Ratner, num movimento que parece mais político do que cinematográfico. A proposta mistura nostalgia, estratégia cultural e a tentativa de reabilitar nomes controversos, mas enfrenta um mercado que não demonstra demanda real por um quarto filme. O episódio revela mais sobre a necessidade de Trump de reafirmar sua persona pública do que sobre qualquer impulso criativo em Hollywood.
Tom Cruise enfim leva seu Oscar…

Tom Cruise enfim leva seu Oscar…

Tom Cruise foi o grande nome do Governors Awards ao receber, após 45 anos de carreira, seu primeiro Oscar — um honorário. Em um discurso íntimo e preciso, ele relembrou a infância no cinema e reafirmou que fazer filmes “é quem ele é”. A entrega por Alejandro Iñárritu, seu novo parceiro em um projeto para 2026, reforçou o peso artístico do momento. Nos bastidores, o prêmio foi visto como aceno da Academia a um dos últimos astros capazes de mover massas ao cinema. Uma noite que selou não só um reconhecimento tardio, mas também a necessidade de Hollywood de se reconectar com sua própria grandeza.

Instagram

Twitter