Publicidade
Santiago Nazarian || Créditos: Daniel Mordzinski/Divulgação

Um dos autores de ficção mais celebrados dessa nova geração, Santiago Nazarian lança seu novo livro, “Neve Negra”, nesta segunda-feira, na Blooks Livraria, no Shopping Frei Caneca, em São Paulo. Depois de “Garotos Malditos”, “Mastigando Humanos” e “Biofobia”, ele escreve agora mais um thriller psicológico, repleto de nuances de humor negro que envolve um drama familiar e dúvidas de paternidade na cidade mais fria do Brasil. Para quem não sabe, Nazarian já colaborou para a Revista J.P e hoje é figurinha carimbada no conteúdo da revista. Confira um bate-papo com ele para a edição de março de 2014.

J.P: O que você faz pra ser feliz?

Santiago Nazarian: Vou para Florianópolis. A natureza me faz feliz.

JP: Seu momento mais brilhante…

SN: O mais recente é sempre o mais brilhante; então meu livro novo, Biofobia.

JP: Um momento que definiu sua vida…

SN: Ter publicado meu primeiro livro, em 2003, me deu uma nova carreira, novo fôlego, uma nova visão de mundo.

JP: Sua maior qualidade

SN: Sou independente.

JP: Seu maior defeito

SN: Sou rancoroso.

JP: O que ou quem é o grande amor da sua vida?

SN: A música.

JP: Travessura na adolescência

SN: Raspei zero as sobrancelhas, botei oito piercings, fiz as primeiras tatuagens e mudei de sex… Não, isso não.

JP: Travessura na meia idade

SN: Ter ido morar na praia. Depois ter ido morar na neve. A próxima será morar no deserto?

JP: O talento que gostaria de ter

SN: Tocar piano. Eu tentei.

JP: Quem te inspira?

SN: Fraz Liszt é um compositor que me inspira.

JP: Um escritor

SN: João Gilberto Noll.

JP: Quem não entra na sua vida?

SN: Gente artificial.

JP: Um bordão

SN: Se eu tivesse asas, não me prenderia a detalhes.

JP: Ícone de estilo

SN: David Bowie.

JP: Se não escrevesse, seria…

SN: Analfabeto.

JP: Como se faz uma boa história?

SN: Formando um universo próprio e atraindo outros a habitarem-no.

JP: Um filme de terror?

SN: Quando eu Era Vivo, dirigido pelo Marco Dutra. É um filme de terror brasileiro atual bem bacana. De clássico, O Massacre da Serra Elétrica.

JP: Seu grande herói

SN: Brett Anderson, vocalista da banda inglesa Suede.

JP: Momento psicodélico

SN: 2010. Depois de uma longa viagem pelo Japão e Europa, parei alguns dias em escala em Amsterdã, aluguei um apartamento e passei basicamente uma semana viajando trancado lá, cogumelando.

JP: O trabalho mais memorável de sua vida

SN: Quando fazia roteiros para histórias de disk-sexo. Não foi nem de longe o melhor trabalho, mas é o mais divertido de se lembrar.

JP: Um trabalho mal sucedido?

SN: O Prédio, o Tédio e o Menino Cego, meu quinto romance.

JP: Um ator para interpretar suas histórias

SN: Pode ser uma atriz? Denise Stoklos seria um sonho.

JP: Melhor conselho que já ouviu. De quem?

SN: “Não sofra por antecipação,” da minha mãe.

JP: Melhor conselho que já deu.

SN: Não se desespere. O pior ainda está por vir.

JP: Do que você tem orgulho?

SN: Das minhas histórias, como um todo, criadas, vividas.

JP: Do que você se ressente?

SN: Tanta coisa… Sou um negativista otimista. Sempre espero o melhor, nunca me contento com o que veio.

JP: Um vício

SN: Crack… Não, haha. Café.

JP: Uma mania

SN: Subir de escada quando tem mais gente para subir no elevador.

JP: A pessoa mais interessante que você já conheceu

SN: Marcelino Freire, escritor e grande amigo.

JP: Tipo de gente que você tem dificuldade de conviver

SN: Gente carente.

JP: A primeira pessoa a causar impacto em você

SN: Tive uma namorada na adolescência que me apresentou o mundo artístico, literário e sexual em que habito até hoje.

JP: Para quem escreveria um prefácio?

SN: Pode ser um epitáfio? Pro Bolsonaro.

JP: Você se acha uma pessoa de sucesso?

SN: Não. Todo sucesso é transitório. Me considero íntegro.

JP: Para onde você vai quando quer estar sozinho?

SN: Eu moro sozinho, trabalho em casa, então não preciso fazer basicamente nada.  O esforço é para socializar.

JP: Minha caverna no mundo

SN: Meu quarto…

JP: Fobia

SN: Telefone.

JP: A conversa mais surreal que teve ao telefone

SN: Eu costumo me fazer de louco sempre que me ligam do banco para me cobrar, então foram tantas…

JP: E a mais picante

SN: Eu escrevia roteiros de disk-sexo; então onde se ganha o pão não se come a carne.

JP: Uma história que ainda vai contar

SN: Como ganhei meu primeiro milhão.

JP: Sexo para mim é…

SN: Um mal necessário.

JP: E o amor?

SN: Uma utopia.

JP: Três palavras que esquentam tudo na hora do sexo

SN: Como é grande!

JP: Não aguento mais…

SN: O neo-conservadorismo evangélico coió deste país.

VOCÊ TAMBÉM PODE GOSTAR

Especialista defende Meghan Markle após beijo no ar malsucedido na Paris Fashion Week

Especialista defende Meghan Markle após beijo no ar malsucedido na Paris Fashion Week

Durante a Paris Fashion Week, Meghan Markle protagonizou um momento constrangedor ao tentar trocar um “beijo no ar” com o designer Pier Paolo Piccioli, resultando em um leve choque de cabeças. A especialista em linguagem corporal Judi James defendeu a duquesa, afirmando que o erro partiu de Piccioli, que se aproximou demais e usava óculos escuros, dificultando a leitura dos sinais não verbais. Segundo James, Meghan reagiu com elegância e autocontrole, evitando contato excessivo. O episódio mostra como cada gesto da duquesa segue sendo amplamente analisado sob os holofotes da mídia internacional.

Instagram

Twitter