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TECIDO VIVO

Coleção, garimpo e muita arte compõem o apartamento de Renato Dib e Cezar Aumart, em São Paulo. O resultado é uma explosão de vida e referências. Afinal, quem disse que “menos é mais”?

Por Victor Martinez para a Revista J.P de Outubro | Fotos: Gui Morelli

O artista plástico Renato Dib e o arquiteto Cezar Aumart são casados há 18 anos, dez deles vividos no Edifício Gladiolus, no Paraíso. Apaixonados pelo local, é só olhar a fachada do prédio para entender o motivo: estamos diante de um verdadeiro achado em plena selva de pedra paulistana. Com arquitetura clássica dos anos 1960, jardins arborizados e janelões amplos, é o sonho de quem procura algo pertinho da avenida Paulista. “Namorávamos esse lugar há um tempo porque além de termos alguns amigos que moram aqui, eu cresci na região”, explica Dib, que estudou a vida toda por perto, no Colégio Bandeirantes, e é neto dos fundadores do Club Homs, tradicional clube sírio que fica vizinho dali.

Mas se o exterior já é bom, conhecer esse apartamento de 200 m2 é ainda melhor. Ao sair do elevador no sétimo andar, a impressão é que se está prestes a entrar em uma exposição de arte. Quase. “As obras que não foram vendidas ou não estão expostas ficam pela casa mesmo”, explica Dib, sobre a instalação no hall de entrada, assim como em todos os outros ambientes da casa. Graduado em artes plásticas pela Faculdade Santa Marcelina, Dib desenvolve um trabalho artístico com costura e tecidos, inspirado em elementos orgânicos como o corpo humano.
Essa organicidade também se vê na relação com seu companheiro, o arquiteto Cezar Aumart. “Como passo muito tempo visitando obras e clientes, gosto de chegar em casa e me jogar no sofá, embora eu trabalhe bastante por aqui”, avisa Aumart. Aliás, ambos têm um espaço de trabalho na morada. Dos três dormitórios, um é o quarto do casal, e os outros dois foram transformados no escritório de Aumart e no ateliê de Dib.

Divisão que só acontece na hora de trabalhar mesmo, porque os dois fazem tudo juntos. A decoração milimétrica de todo o apartamento inclusive. Desde o falcão de bronze na sala, ao quadro de Stephan Doitschinoff no corredor, à composição de fotos dos dois proprietários no alto da sala de jantar, às novas estampas das poltronas, ao tanque no lugar da pia no lavabo e até ao tapete pérsia que decora a sala. Tudo foi escolhido por eles, em comum acordo.
A composição pode parecer exagerada, mas é um exagero harmônico. Uma harmonia de dois artistas pensantes que não se convenceram da máxima “menos é mais”. Quer saber? Certo eles, que gostam mesmo é de agregar, integrar, colecionar. Sejam chaves, pratos, tesouras, miniaturas de tartarugas… e, porque não, amigos? O casal adora receber para um jantar elaborado ou para uma cerveja tranquila. A casa denuncia a boa recepção: não tem como não se sentir à vontade. Sejam bem-vindos.

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