Publicidade
Destaques do Globo de Ouro 2018: Dakota Johnson, Viola Davis, Angelina Jolie e Nicole Kidman || Créditos: Getty Images

Uma legião de estrelas se vestiu de preto em uma noite histórica para Hollywood. A cor foi eleita como dress code absoluto da 75ª edição do Globo de Ouro que aconteceu nesse domingo, em Los Angeles, como forma de protesto e apoio ao movimento Time’s Up Now – iniciativa que luta pelo combate ao assédio sexual nos Estados Unidos.

A campanha “On Sunday We Wear Black” (No Domingo Nós Vestimos Preto) pede para que qualquer pessoa, independente de quem seja e de onde esteja, vista preto em solidariedade a mulheres e homens que foram silenciados por discriminação, abuso ou assédio.

O movimento ganhou força depois das acusações a diversos figurões da indústria de cinema encabeçados pelo poderoso produtor Harvey Weinstein e conquistou muitas estrelas do cinema. Como Brie Larson enfatizou no palco da premiação, o movimento foi criado em apoio à mulheres indefesas e se vestir com consciência foi apenas um dos fatores que marcou a premiação, já que ela também não deu espaço a algum a nomes acusados recentemente”, lembrando que ano passado Casey Affleck, acusado de assédio sexual, ganhou como Melhor Ator por “Manchester à Beira-Mar”. A única a se manifestar contra o prêmio na ocasião foi Brie Larson, pedindo um minuto de silêncio a todos.

E apesar do apresentador da noite ter sido um homem, o comediante Seth Meyers, que até brincou dizendo que ali estavam apenas os que haviam sobrado, a noite foi das mulheres que, cada uma à sua maneira, representou a causa em nome das mulheres de todo o mundo.

Apesar de todos estarem usando preto, o que causou um grande impacto no tapete vermelho, a cobertura do Globo de Ouro dessa vez não se voltou a frivolidades e ao que as celebridades estavam vestindo, para a tristeza das marcas, que emprestam seus vestidos em troca de publicidade.

O efeito do poderio feminino se refletiu também na premiação. As séries que se destacaram foram as de temática feminista, como as incríveis “Big Little Lies”, que tinha seis indicações e ganhou quatro, e “The Handmaid’s Tale”, com três indicações e dois prêmios. A primeira, baseada no romance de mesmo nome de Liane Moriarty, estrelada e produzida por Reese Witherspoon e Nicole Kidman, tem como trama central um grupo de mães cheias de preocupações com suas crianças e perturbadas por situações de violência e opressão. Já a segunda, inspirada no romance homônimo da escritora canadense Margaret Atwood, produzida e estrelada por Elizabeth Moss,  se passa em um universo fictício em que mulheres, de uma hora para a outra, têm seus direitos revogados. Não podem mais trabalhar, nem votar. O dinheiro que tinham é confiscado, assim como todos os bens que possuíam. Elas passam a ser propriedade dos homens.

Se vestir com consciência resultou em um dos melhores tapetes vermelhos dos últimos tempos, já que a cor preta diminui a margem de erro e já conta com uma sofisticação natural. O espírito elegante e glamuroso dos anos dourados do cinema foi resgatado pelas produções de Angelina Jolie e Diane Kruger, enquanto Claire Foy apareceu linda vestida de terno combinando com seu colega na série “The Crown” Matt Smith.

Heidi Klum e Kendall Jenner usaram comprimento mullet em vestidos ricos em texturas. E as mais elegantes entre as elegantes apostam em vestidos com caudas: Viola Davis, Penelope Cruz, Nicole Kidman, Catherine Zeta-Jones e Dakota Johnson.

Emma Watson, Meryl Streep e Michelle Williams foram acompanhadas de mulheres ativistas. Michelle levou Tarana Burke, fundadora do movimento #MeToo, Meryl chegou com Ai-Jen Poo, diretora da ONG  National Domestic Workers Alliance, e Emma posou de braços dados com Marai Larasi, fundadora do Imkaan.

Resta a dúvida: será que no Oscar, que rola no dia 4 de março, também haverá outro manifesto? Glamurama elegeu as mais bem vestidas da noite. Siga a seta.

[galeria]4534604[/galeria]

VOCÊ TAMBÉM PODE GOSTAR

Pressão Legal Abala Boicote de Cineastas à Indústria Israelense

Pressão Legal Abala Boicote de Cineastas à Indústria Israelense

Advogados do grupo Lawyers for Israel enviaram uma carta à Netflix e à BBC acusando artistas e instituições do Reino Unido de promoverem um boicote ilegal contra o cinema israelense. O movimento, impulsionado pela campanha Film Workers for Palestine, pede a suspensão de parcerias com entidades israelenses durante a guerra em Gaza. Para os advogados, a ação viola leis antidiscriminação britânicas; já os apoiadores defendem o boicote como forma legítima de protesto. A polêmica divide a indústria e pode definir novos limites entre ativismo político e discriminação no entretenimento global.
Especialista defende Meghan Markle após beijo no ar malsucedido na Paris Fashion Week

Especialista defende Meghan Markle após beijo no ar malsucedido na Paris Fashion Week

Durante a Paris Fashion Week, Meghan Markle protagonizou um momento constrangedor ao tentar trocar um “beijo no ar” com o designer Pier Paolo Piccioli, resultando em um leve choque de cabeças. A especialista em linguagem corporal Judi James defendeu a duquesa, afirmando que o erro partiu de Piccioli, que se aproximou demais e usava óculos escuros, dificultando a leitura dos sinais não verbais. Segundo James, Meghan reagiu com elegância e autocontrole, evitando contato excessivo. O episódio mostra como cada gesto da duquesa segue sendo amplamente analisado sob os holofotes da mídia internacional.

Instagram

Twitter