Publicidade
Jack Dorsey, CEO do Twitter e crítico ferrenho do presidente || Créditos: Getty Images
Jack Dorsey, CEO do Twitter e crítico ferrenho do presidente || Créditos: Getty Images

Apesar de ser o presidente mais ativo nas redes sociais que os Estados Unidos já tiveram até hoje, Donald Trump nunca escondeu de ninguém que não é muito fã do pessoal do Vale do Silício, a região da Califórnia que concentra as sedes da maioria das empresas de tecnologia do país. Mas se depender do empenho de um grupo de executivos de gigantes do mundo tech como o Facebook e o Twitter, essa percepção do político deverá mudar muito em breve.

Segundo o “The Washington Post”, um jornal que pertence ao fundador e CEO da Amazon Jeff Bezos e sempre fez forte oposição a Trump, tem sido cada vez mais frequentes as reuniões bem longe dos holofotes entre emissários do governo dele com representantes de grandes companhias do setor de tecnologia americano nas quais o assunto discutido é sempre a aproximação das partes envolvidas, porém sem muito sucesso até agora.

De um lado, os empresários buscam informar o time de Trump sobre a importância dos negócios nos quais trabalham para o desenvolvimento em geral, principalmente no que diz respeito às redes sociais e o papel que elas representam no fortalecimento da democracia. Já a ala do presidente reclama do perfil liberal de muitos poderosos da indústria, como é o caso do próprio Bezos e também de Mark Zuckerberg, CEO do Facebook.

“Não é mistério pra ninguém que somos todos mais ‘de esquerda'”, escreveu Jack Dorsey, CEO do Twitter, em um memorando que enviou para seus subordinados no último dia 7 e que foi obtido pelo Post. “Isso inclui eu, nosso conselho, e nossa empresa”, completou o bilionário, que deixou de lado o fato de que Trump é um dos usuários mais ativos do microblog e atrai uma infinidade de seguidores com seus tuítes.

A situação é tão crítica que um jantar orquestrado no último dia 19 para tentar animar os ânimos de todos acabou terminando em clima bélico, com Dorsey atirando forte demais em alguns aliados do presidente, o que não pegou nada bem para ele. Mais discreto que o colega, Zuckerberg não se envolve diretamente no imbróglio e delega isso aos seus fiéis escudeiros, talvez porque tenha em mente algo muito mais importante, como uma possível candidatura à Casa Branca em 2020. (Por Anderson Antunes)

VOCÊ TAMBÉM PODE GOSTAR

Trump, Hollywood e um déjà-vu que ninguém pediu

Trump, Hollywood e um déjà-vu que ninguém pediu

Trump tenta ressuscitar a franquia Rush Hour ao se aproximar de investidores e de Brett Ratner, num movimento que parece mais político do que cinematográfico. A proposta mistura nostalgia, estratégia cultural e a tentativa de reabilitar nomes controversos, mas enfrenta um mercado que não demonstra demanda real por um quarto filme. O episódio revela mais sobre a necessidade de Trump de reafirmar sua persona pública do que sobre qualquer impulso criativo em Hollywood.
Tom Cruise enfim leva seu Oscar…

Tom Cruise enfim leva seu Oscar…

Tom Cruise foi o grande nome do Governors Awards ao receber, após 45 anos de carreira, seu primeiro Oscar — um honorário. Em um discurso íntimo e preciso, ele relembrou a infância no cinema e reafirmou que fazer filmes “é quem ele é”. A entrega por Alejandro Iñárritu, seu novo parceiro em um projeto para 2026, reforçou o peso artístico do momento. Nos bastidores, o prêmio foi visto como aceno da Academia a um dos últimos astros capazes de mover massas ao cinema. Uma noite que selou não só um reconhecimento tardio, mas também a necessidade de Hollywood de se reconectar com sua própria grandeza.

Instagram

Twitter