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No total, o mega-complexo terá 6 ilhas centrais e outras 300 menores || Créditos: Reprodução
No total, o mega-complexo terá 6 ilhas centrais e outras 300 menores || Créditos: Reprodução

Não é de hoje que Dubai chama atenção por causa de suas obras megalomaníacas, e uma das maiores atualmente em curso por lá está perto de ser inaugurada: trata-se de um complexo turístico e residencial batizado “The Heart of Europe” (“O Coração da Europa”) e apelidado de “ThehoE”, em alusão às siglas do original em inglês, que fica distante cerca de quatro quilômetros da costa do emirado árabe e possui seis ilhas artificiais satélites e outras 300 menores nos arredores.

O projeto está sendo tirado do papel a um custo de US$ 5 bilhões (R$ 18,9 bilhões), e foi pensado para atrair os “novos ricos” de todos os cantos do mundo. Isso explica a escolha pela arquitetura clássica e inclusive a cópia desta em alguns casos: o arquipélago projetado terá suas próprias mini versões de cidades famosas do velho continente, como Veneza e São Petersburgo, todas rodeadas por praias de areia cristalina.

A melhor parte é que o “ThehoE” é, na verdade, apenas um pedaço do “The World” (“O Mundo”), cuja construção começou em 2003 e, como o nome indica, será uma emaranhado de hotéis, casas e edifícios comerciais e residenciais inspirados em alguns dos endereços mais cobiçados do mundo. Ironia das ironias, só a parte europeia do mega-projeto está perto de ficar pronta a tempo de receber os primeiros turistas e residentes já no ano que vem.

Os números por trás da área já erguida no “The World”, como quase tudo em Dubai, são de cair o queixo: 34 bilhões de toneladas de rochas e outros 320 milhões de metros cubicos de area já foram depositados no local, que recentemente foi fotografado por astronautas da NASA diretamente do espaço. Uma vez inaurugrado, terá capacidade para receber até 16 mil pessoas só na primeira fase, e 85% das 4 mil casas oferecidas já foram vendidas.

As mais procuradas, aliás, estão na “Suécia fake”, que até o momento já atraiu dez bilionários – oito do Oriente Médio e dois da Europa. Para os críticos, no entanto, o empreendimento não passa de um elefante branco, apesar de que eles são minoria. “As pessoas só querem saber de viver novas experiências”, disse o jornalista Richard Thompson, expert no mercado árabe de luxo, para a “CNN”, explicando porque o “The World” já pode ser considerado um sucesso. (Por Anderson Antunes)

A foto espacial registrada pela NASA dá uma ideia do tamanho do “The World” || Créditos: Reprodução

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