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Carnaval de Salvador é uma maratona que exige cuidados com a saúde || Créditos: Reprodução

Encarar sete dias intensos de trabalho durante o Carnaval de Salvador é uma maratona que exige cuidados com a saúde. Para fazer acontecer a maior festa de rua do planeta, que vai de 28 de fevereiro a 5 de março, milhares de trabalhadores atuam, dia e noite, dentro e fora dos circuitos. São ambulantes, cordeiros, vendedores, médicos, enfermeiros, servidores públicos, profissionais de imprensa, gestores públicos, músicos, motoristas, guardas civis, bombeiros e militares. Essas são apenas algumas das muitas categorias que “suam a camisa” para fazer a folia acontecer. De acordo com a prefeitura da capital baiana, uma operação especial envolvendo 10 mil colaboradores, de diversos órgãos municipais, foi montada para organizar e gerir a folia. Servidores das 17 secretarias e autarquias participam ativamente da organização do Carnaval.

Ritmo carnavalesco

Entre os tantos profissionais que dão duro na festa de Momo estão também os cordeiros. De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Cordeiros da Bahia (Sindcorda), Matias Santos, são 15 mil homens e mulheres acompanhando os blocos que desfilam nos circuitos Dodô e Osmar. “O trabalho é muito puxado. Além de ajudar a puxar a corda, organizo os cordeiros para que o bloco possa desfilar”, explica o presidente e cordeiro, que trabalha com isso há 18 anos. Ele faz questão de pontuar que o trabalho é braçal e bastante exaustivo. “É cansativo mesmo. O sol está bem forte. Temos que beber muita água”, diz. Santos destaca que, além da grande ingestão de água, a recomendação é que todos os profissionais façam uso dos Equipamentos de Proteção e Individual (EPIs). Ele destaca que as luvas e os protetores auriculares são distribuídos ainda concentração, antes do desfile.

Se cuide

O coordenador de Urgência e Emergência da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Ivan Paiva, alerta sobre cuidados necessários que deverão ser adotados pelo cidadão que vai trabalhar nos dias de Carnaval. “É preciso preparar a saúde para encarar essa maratona. A alimentação deve ser leve. Quem está trabalhando e come na rua deve evitar alimentos expostos como, por exemplo, cachorro quente e churrasquinhos. Lanches de procedência duvidosa podem causar infecções alimentares”, sinaliza Paiva.

A hidratação constante é ressaltada pelo médico como um fator importante para o bom funcionamento do corpo. “Esse alerta é principalmente para quem trabalha domingo, segunda e terça, no Campo Grande, debaixo de sol forte. Nossos guardas, por exemplo, precisam redobrar os cuidados”, diz o especialista. Durante os sete dias de Carnaval, 11 módulos da rede de saúde estarão espalhados nos circuitos, sendo um no Mestre Bimba (Nordeste de Amaralina), quatro no Osmar (Campo Grande), cinco no Dodô (Barra/Ondina) e um no Batatinha (Centro Histórico).

Outros cuidados com a saúde:

– Usar roupas confortáveis;
– Calçar sapatos fechados e com solado antiderrapante;
– Usar protetor solar, boné, chapéu e óculos;
– Aqueles que trabalham perto dos trios devem sempre usar o protetor auricular para evitar à audição;
– Quem trabalha nas madrugadas deve repor o sono durante o dia;
– Evitar dirigir pernoitado;
– Não esquecer as medicações de uso habitual, se for o caso.

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