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Woody Allen || Créditos: Reprodução
Woody Allen || Créditos: Reprodução

Inicialmente com o lançamento previsto para 7 de abril nos Estados Unidos, e pela editora americana Grand Central Publishing, subsidiária da gigante francesa Hachette Book Group, um polêmico livro de memórias de Woody Allen, de 84 anos, que estava sendo escrito há tempos por ele chegou às livrarias do país nessa segunda-feira com o selo da editora independente Arcade. A obra teve sua publicação antecipada quase que às escondidas, e depois que executivos da Hachette dediciram tirá-la de seu catálogo de novidades para o próximo mês em razão de fortes protestos.

É que a empresa, que pertence ao conglomerado de mídia francês Lagardère Group, foi alvo de críticas vindas de todos os lados por dar espaço ao cineasta acusado desde 1992 de ter abusado sexualmente de Dylan Farrow, a filha que teve com Mia Farrow. Também filho dos dois, o jornalista Ronan Farrow tomou o partido da mãe e da irmã e chegou a romper uma parceria milionária que tinha com a Hachette, que publicou alguns de seus livros, em razão do que classificou como sua “incapacidade de trabalhar com uma organização que se comporta de tal maneira com a consciência tranquila”.

Intitulada “Apropos of Nothing” (algo como “A Propósito de Nada”), a autobiografia de Allen é uma espécie de versão dos fatos atualizada e mais detalhada dele. “Nunca encostei um dedo em Dylan”, o responsável por clássicos do cinema como “Noivo Neurótico, Noiva Nervosa” e “Manhattan” diz em um de seus trechos. “Também jamais fiz qualquer coisa com ela que pudesse ser mal interpretada como abuso [sexual]; foi tudo uma invenção do começo ao fim”, defende-se o diretor naquele que já está sendo tratado por muitos como seu último trabalho. (Por Anderson Antunes)

A capa da obra, que foi publicada pela editora independente Arcade || Créditos: Reprodução

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