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Reese Witherspoon tem um contrato milionário com o Quibi || Créditos: Reprodução
Reese Witherspoon tem um contrato milionário com o Quibi || Créditos: Reprodução

Lançado nos Estados Unidos no começo de abril com a promessa de que se tornaria a “Netflix dos smartphones”, e já a partir de 2021 um dos IPOs (début na bolsa de valores com oferta pública de ações) mais concorridos de Wall Street, o Quibi ainda não mostrou a que veio e, pior que isso, já enfrenta sua primeira crise. Por ter estreado justo no momento em que a pandemia estava apenas começando, o aplicativo que conta com sócios poderosos como Meg Whitman e Jeffrey Katzenberg, e que nada mais é do que uma plataforma de streaming exclusiva para celulares, recentemente precisou ajustar suas finanças em razão da dificuldades causadas pelo novo coronavírus e, como consequência, demitiu dezenas de funcionários.

O corte em folha, no entanto, deixou várias pessoas que dão expediente no app furiosas, e nesse caso a culpa é de Reese Witherspoon. É que a atriz fechou um contrato de US$ 6 milhões no ano passado para narrar uma série sobre natureza que o Quibi produziu em parceria com a “BBC”, e o programa ainda está longe de ser um sucesso, ao contrário de outros de colegas dela bem menos conhecidos. A propósito, o marido da estrela – Jim Toth – trocou dias atrás um empregão que tinha na agência de artistas e atletas CAA pelo cargo de diretor de novos talentos e aquisições da nova empresa de mídia.

O Quibi – nome que deriva de “quick bites”, algo que se traduz como “espiadinhas” ou coisa parecida, em razão das atrações que tem em seu catálogo e cuja duração não passa de dez minutos – nasceu com um orçamento de US$ 1,7 bilhão (R$ 8,6 bilhões) e o suporte de investidores poderosos do porte da The Walt Disney Company, NBCUniversal, Sony Pictures, WarnerMedia, Liberty Global, ViacomCBS e até dos chineses do Alibaba Group. Feito sob medida para ser acessado durante curtos momentos de intervalo nas rotinas fora de casa de trabalhadores e estudantes, o app foi pego de surpresa pela quarentena imposta em razão da Covid-19, e que resultou em menos gente na rua e ainda dando preferência aos programas mais longos de veteranos do streaming como a própria Netflix, além do Hulu, do Disney+ e da Amazon Prime. (Por Anderson Antunes)

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