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Segunda-feira cheia de inspiração com o papo entre Joyce Pascowitch e o filósofo Renato Janine Ribeiro. Ele é uma das grandes cabeças do Brasil na atualidade, professor de filosofia da USP, filósofo político, escritor e colunista, foi ministro da Educação do governo Dilma Rouseff  em 2015. É professor-titular da cadeira de Ética e Filosofia política da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP. É autor da obra “A Sociedade Contra o Social” que recebeu o Prêmio Jabuti de Literatura em 2001.

Renato Janine começa falando sobre a pandemia e como a sociedade está sendo afetada por tudo isso: “O coronavírus nos ensina, da pior maneira possível, que o mundo não está funcionando bem, que precisamos ser mais amigos da natureza. Que a gente está violando a fronteira da natureza selvagem. Numa situação dessas somos forçados a pensar como respeitar a natureza, diminuir o consumo, o desperdício.  O homem sempre tentou manipular, escravizar a natureza, e talvez possamos vir a entender – e tentar – uma convivência pacifica com ela.”

“É tudo muito assustador porque não sabemos o que está acontecendo, o que é esse vírus… é muito preocupante. É como se a ciência avançasse e ao mesmo tempo uma ameaça mais grave surgisse. Ficamos desnorteados. Será que aguentamos mais um ano de confinamento? Não sei…”, desabafa o professor, para concluir: “O ser humano sofre de soberba, de achar que tem condições de fazer tudo impunemente. Dominar o mundo está no nosso DNA desde 1500. O homem tem que ter mais humildade como indivíduo e como espécie. Não somos o supra sumo da vida.”

Sobre a situação do nosso país, especificamente, Renato Janine é taxativo: “O Brasil está vivendo uma questão complicada. Depois de 20 anos de política civilizada, de Itamar, FHC, Lula e Dilma, o país foi tomado pelo ódio. E há uma coisa terrível no ódio que é quando você chega ao ponto de querer fazer mal ao outro sem se importar se isso vai fazer mal a si próprio. Isso está acontecendo. É só ver as pessoas que resistem a tomar precauções para controlar a pandemia do coronavírus, que está matando milhares de pessoas. Fico na dúvida se não entra aí um elemento da maldade, do perverso. (…) Às vezes penso se isso não acontece com pessoas que não conseguem se adaptar à evolução. Que não acreditam na ciência, não concordam com a evolução das últimas décadas em termos de liberdade, de lutar contra a exclusão social, com as conquistas da mulher, e por aí afora. São pessoas que fantasiam, que resistem ao mundo racional. É a negação da ciência, do conhecimento, da educação. Essa cena do nosso presidente oferecendo cloroquina pra uma ema! O que é isso? Fazer brincadeira com um assunto tão grave como a Covid-19, que está matando uma pessoa por minuto no Brasil. (…) A meu ver, a esperança para o mundo hoje é uma derrota do Trump nas próximas eleições.” Play para conferir a conversa completa!

 

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Obrigada prof Renato Janine Ribeiro pela sabedoria e foco

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