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The Beatles || Créditos: Reprodução
The Beatles || Créditos: Reprodução

A força dos movimentos dos anos 1960 virou sinônimo da contracultura. Da geração beat à tropicália, veja quem causou desordem e chacoalhou as estruturas

Por Pedro Alexandre Sanches

A contracultura é o underground, o subterrâneo, em confronto com o mainstream, o convencional. Acontece quando um grupo de intelectuais e/ou artistas se une e passa a expressar valores divergentes da sociedade dominante do momento. Toda época concebe sua contracultura. Mas a força dos movimentos dos anos 1960 faz com que aquela década seja intimamente associada ao nome contracultura, e vice-versa. Os anos 1950 já haviam conhecido movimentos dissidentes importantes, como o avanço da geração beat na literatura e o rock’n’roll na música.

No início dos anos 1960, eles abriram alas para a subversão pilotada por Bob Dylan, nos Estados Unidos, aos Beatles e Rolling Stones, na Inglaterra. Ainda era o começo, e Beatles e Stones pareceriam comportados em comparação com o que vinha adiante.

Nos Estados Unidos, na segunda metade da década, o clamor pelo fim da Guerra do Vietnã foi solo fértil para o nascimento da geração hippie, que fez explodir a contracultura a bordo de pacifismo, sexo, drogas psicodélicas e o rock’n’roll de Jimi Hendrix, Jim Morrison (dos Doors) e Janis Joplin. Com foco inicial em São Francisco, estavam decretados o verão do amor (o de 1967) e o flower power, elementos cruciais para a explosão da contracultura da década de 1960. Progressivamente domesticada a partir dos anos 1970, essa panaceia originou aquilo tudo que hoje costumamos chamar de pop. Ironicamente, vários dos ícones contraculturais se tornaram famosos e ricos, mudaram-se para o mainstream e lá estão até hoje.

Fermentado majoritariamente nos Estados Unidos, o movimento multifacetado ecoou em muitos países, inclusive no Brasil, onde irromperam levantes como o cinema novo, a tropicália e o cinema marginal. Nomes como Caetano Veloso, Gal Costa, Gilberto Gil, Tom Zé (na música), Hélio Oiticica (nas artes plásticas), Rogério Sganzerla (no cinema), Zé Celso Martinez Corrêa (no teatro) e outros fizeram a contracultura brasileira. A seguir, uma lista de artistas e intelectuais que integraram o movimento ou tiveram influência nele.

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