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Vanessa Giácomo em ‘Filhas de Eva’ / Crédito: Divulgação

Antes da pandemia mudar o mundo, ‘Filhas de Eva’, nova série do Globoplay, já estava gravada. A quarentena atrapalhou o lançamento, que só aconteceu neste mês, mas a história segue atual e necessária. A trama gira em torno de três mulheres, Stella (Renata Sorrah), Lívia (Giovanna Antonelli) e Cleo (Vanessa Giácomo), que decidem recomeçar suas vidas do zero, provando que, apesar de difícil, é possível levar uma vida mais satisfatória independente da idade.

Em entrevista ao Glamurama, Vanessa Giácomo contou como foi o reencontro com Giovanna Antonelli, a parceria com Renata Sorrah e as diferenças desde a gravação até o lançamento da série. “Éramos outras pessoas. Não imaginávamos o que estava por vir. Fiquei relembrando dos meus pensamentos e planos que eu fazia naquela época”, conta a atriz.

Vanessa também revelou como o isolamento social mudou a dinâmica da família dentro de casa: “Criamos uma rotina porque passamos a fazer tudo sozinhos. Estabelecer uma rotina de trabalho, ajustar espaços para os estudos e reuniões remotas. Ficamos mais próximos, claro. E isso teve um impacto no diálogo, que sempre foi muito aberto na minha casa”. A atriz de 37 anos é mãe de Raul, de 13, Moisés, de 10, e Maria, de 6. Confira o papo completo!

Glamurama: ‘Filhas de Eva’ gira em torno de três mulheres que decidem mudar suas vidas. Como foi interpretar uma personagem tão real?
Vanessa Giácomo: Foi uma delícia ter um texto tão primoroso em mãos e uma história que, sob a ótica da minha personagem, traz um certo bom humor para sair de situações de aperto, de dificuldade, driblando a dureza do dia a dia. Ser atriz me preenche e eu adoro poder dar vida a personagens ligadas ou não à realidade. O que me traz o brilho nos olhos é a história. ‘Filhas de Eva’ é uma poesia. Orquestrada e realizada por profissionais incríveis. Isso me deixou ainda mais feliz em fazer parte deste trabalho.

G: Cléo, sua personagem, tem bom coração, mas acaba cometendo alguns erros. Qual a maior qualidade e o maior defeito de Cleo?
VG: Ela tenta se virar do jeito que dá. E isso traz força pra ela, mas a coloca em enrascadas. A relação com a mãe é muito dura e complicada, sustentada em mentiras. Ela prefere burlar a verdade do que vê-la sofrer. Acho que esse coração generoso e a capacidade de se refazer e apoiar quem ela gosta é a sua grande qualidade. O defeito… talvez o dedo podre.

G: Você se identifica em algum quesito com ela?
VG: Ela não esmorece. Não tenho uma realidade de vida que me coloque muitos obstáculos, mas acho que tenho uma força que me traz foco. Que me faz tentar simplificar o que é complicado e sempre seguir adiante. Talvez eu e a Cléo sejamos resilientes.

G: Para você, o que podemos aprender com ‘Filhas de Eva’?
VG: A série dá uma aula de autoestima, especialmente para as mulheres que se veem em situações de relacionamentos nada saudáveis. ‘Filhas de Eva’ mostra que recomeçar não é fácil, mas é possível. Que a gente sempre tem um caminho a escolher que pode nos trazer uma vida com menos peso.

G: Apesar de contar a história de três mulheres, você acredita que o público masculino também pode se identificar?
VG: Claro! É uma série protagonizada por personagens femininas que narram uma história que cativa, envolve e deixa o público – seja ele formado por homens ou mulheres – curiosos em relação ao desenrolar dos acontecimentos. Isso tudo embalado com uma direção primorosa, fotografia linda e texto afiado.

G: Como foi contracenar com Renata Sorrah e Giovanna Antonelli?
VG: Alguns dos prazeres desta profissão são os encontros que o trabalho nos proporcionam. Esse foi um deles. Eu já havia trabalhado com a Giovanna na novela ‘A Regra do Jogo’, e nos tornamos grandes amigas. E esse encontro a três foi ainda mais especial. Um aprendizado contínuo e uma troca rica que levarei comigo no coração e na memória.

G: Apesar de lançada esse ano, a série foi gravada antes da quarentena. Como é se ver naquela época, antes da pandemia chegar e mudar o mundo?
VG: Essa pergunta é interessante. De fato, tivemos uma pandemia que separa o momento de gravação e da exibição da série. Éramos outras pessoas. Não imaginávamos o que estava por vir. Fiquei lembrando de meus pensamentos e planos que fazia naquela época. A pandemia, entre outras coisas, nos roubou essa capacidade de pensar a longo prazo. A gente não consegue ver o que vai acontecer no próximo mês. O que está em risco é a nossa saúde. E esse vírus é ainda muito desconhecido. Ainda é uma ameaça, uma ameaça real.

 G: Falando em pandemia, como tem lidado com essa época de quarentena na sua casa, com sua família?
VG: Não posso reclamar. Não tenho esse direito. Tenho minha casa, meu trabalho e saúde. Claro que senti os impactos desta pausa brusca, parar de trabalhar, perder o direito de ir e vir. Tudo isso com essa preocupação imensa com nossa saúde, dos nossos e dos outros. Foi cansativo e angustiante. Então tentamos criar a nossa rotina, de nos ajudarmos nas tarefas de casa e nos adaptando às atividades online, em especial o estudo remoto.

 G: E o que mudou na dinâmica familiar?
VG: Criamos uma rotina porque passamos a fazer tudo sozinhos e em casa. Estabelecer uma rotina de trabalho, ajustar espaços para os estudos e reuniões remotas. Ficamos mais próximos, claro. E isso teve um impacto no diálogo, que sempre foi muito aberto na minha casa. Mas acho que o assunto pandemia precisava vir para dentro de casa, eu preciso conversar com meus filhos, levar informação e conscientização. Passar por isso tudo sem nos modificarmos não faz sentido.

G: Tem conseguido trabalhar nesse período? Como?
VG: A maioria das atividades acontece no esquema remoto. Me dediquei muito à escrita, que eu amo. Criei e executei projetos.

G: Qual a maior dificuldade?
VG: A falta de contato, seja no âmbito pessoal e profissional. É duro demais. Mas isso fica em segundo plano quando vemos pessoas perdendo parentes e amigos. Quando vemos a crise econômica que afeta com mais força os mais necessitados. Quando vemos as pessoas abatidas e abaladas seriamente, com risco de colocar em cheque sua saúde mental.

G: Qual a primeira coisa que quer fazer quando a pandemia acabar?
VG: Estar com a família – porque estamos evitando encontros – e com os amigos.

 

 

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