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Dona Déa Lúcia, mãe de Paulo Gustavo || Créditos: Paulo Gustavo
Dona Déa Lúcia, mãe de Paulo Gustavo || Créditos: Paulo Gustavo

Dona Déa Lúcia, mãe de Paulo Gustavo, é mesmo uma fortaleza. Poucos dias depois de perder o filho para a Covid-19, ela surgiu em entrevista ao ‘Fantástico’, nesse domingo, provando porque foi a inspiração do humorista para seu mais importante personagem, Dona Hermínia. A mãe esquentada, desbocada e amorosa, estava triste, tão triste quanto pode estar uma mãe que acaba de perder o filho amado. Mas segurou a onda e falou, falou sobre perda, preconceito, amor, família, netos, porque, segundo ela, Paulo não perdoaria se ela não se comportasse direito na frente das câmeras. “Eu fiquei durante 53 dias rezando, pedindo a Deus que me desse força. A morte é uma coisa certa na vida da gente, a gente só espera que uma mãe vá na frente. É muito duro. Não estou bem, mas sou capaz de rir. Quando falo dele, eu conto as coisas, eu rio, porque ele detestava quando eu chorava”, começou.

Em outro momento, Dona Déa falou sobre a pandemia da Covid-19 e disse que nunca havia pensado na possibilidade de perder seu filho para o vírus. “Eu chorei com cada mãe e choro, e vou continuar chorando, mas essa luta vai ser minha. Vou lutar agora e vou falar o tempo todo. Na pandemia, cada morte de um filho, eu chorava por essa mãe, sem saber que meu filho ia passar por isso”. Além disso, fez um desabado importante: “Corrupção mata. E roubar na pandemia é assassinato”. “Vou lutar agora e vou falar o tempo todo (…) A pandemia, a cada morte de um filho, eu chorava por essa mãe sem saber que meu filho ia passar por isso”, disse ainda.

Ju Amaral, abaladíssima com a morte do irmão, se juntou à mãe, mas mal conseguiu falar. Foi Dona Déa Lucia quem amparou a filha e tentou levantar sua moral: “Agora você é que vai ter que cuidar de mim”. A mesma postura ela teve com a atual mulher de Seu Julio, pai de Paulo Gustavo, segurando sua mão para dar força na hora em que ela foi chamada a falar. Antes de encerrar a conversa, ela ainda contou como foram os momentos finais ao lado do filho. “Cantamos a oração de São Francisco porque ele sempre pedia, desde pequeno, para eu cantar”, lembrou ela. “A frequência [cardíaca] foi caindo, caindo, caindo, até ficar piscando, durante a oração. Aí parou, fechamos a cortina e saímos”, completou Seu Julio. Tristeza!

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