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Denise Fraga // Créditos: Pedro Pupo / Divulgação

Longe do contato com o público, os artistas estão dando um jeito de exibir seus trabalhos durante a pandemia. E a tecnologia tem sido grande aliada nesse período. É o caso da peça online “Dez por Dez”, que será exibida gratuitamente no site do Teatro Unimed, a partir desta quinta. Obra de Neil LaBute, com 10 atores em 10 monólogos de 10 minutos cada, foi adaptada pelos Irmãos Leme é protagonizada por Angela Vieira, Bruno Mazzeo, Chandelly Braz, Denise Fraga, Ícaro Silva, Johnny Massaro, Leopoldo Pacheco, Luisa Arraes e Pathy Dejesus. Neste momento político e social tão conturbado, os artistas revelaram como está sendo essa adaptação do teatro à essa nova realidade.

“Fiquei feliz com a ideia. Sempre fico comovida com a brechas que temos achado nesses tempos tão duros que estamos vivendo. Como somos criativos e vamos além. Minha personagem retrata o quanto as pessoas estão perdidas, muito atual nesta época, muito grande. Foi muito bonito o processo, apesar de curto… queria que tivesse durado mais. A maneira como estamos fazendo isso de uma forma tão sofisticada, um produto tão bonito, profissional. Muito feliz de ter participado!”, comemora Denise Fraga, que dá vida a uma mulher que relata uma sequência de eventos trágicos em sua vida e revela o desejo pelo suicídio. Com uma carreira solida no humor, ela falou sobre o papel da comédia em tempos de pandemia: “Faz tempo que essa fronteira entre a comedia e a tragédia vem se diluindo. Não sei mais se faço comédia ou confio no humor. Gosto de falar com leveza da tragédia cotidiana. A vida não tem sido bolinho para ninguém. Temos um oficio privilegiado de transformar a angustia em beleza, somos alquimistas.”

Sobre o novo formato de trabalho, Ícaro Silva comentou que não era muito adepto a esse mundo digital, estabelecido pelo “novo normal”. “Tive resistência a esse formato, não vi as lives, nem a Teresa Cristina, não quis me colocar em um novo normal, normalizar o trabalho sem o toque… mas é o mundo que temos atualmente”.

“A obra é uma mistura de cinema e teatro, não tem porque a gente não ter essa mistura. Cada ensaio foi uma alegria, um bálsamo no meio de tudo que estamos vivendo com esse governo. Qualquer teatro é um pouquinho de bálsamo nessa loucura. Espero que esse mix continue quando tudo passar”, acrescentou Luisa Arraes, que interpreta uma garota traída pelo namorado que passa a ter várias relações afetivas sem sentido, como forma de vingança.

Agregando o elenco poderoso, Bruno Mazzeo disse que a arte tem essa característica de se reinventar em momentos de recessão, como ditaduras, guerras e agora, pandemia. “Estamos fazendo a nossa maneira de comunicar. Esse projeto foi concebido antes da pandemia, e mostrou que pode ser feito desse modo que fizemos. Isso é uma maneira de mostrar que a gente vai continuar se comunicando de qualquer modo.”

Emocionada, Angela Vieira falou sobre seu primeiro trabalho feito durante a pandemia: “Vejo nos meus colegas o mesmo brilho nos olhos, garra, prazer e generosidade. Fiquei emocionada vendo as pessoas defendendo seus personagens. Fomos muito atacados nos últimos tempos, mas somos tão unidos, temos muito respeito pela profissão. Apesar de tentarem acabar com o nosso prazer, não conseguiram. Não vão conseguir tirar isso da gente. Apesar de tudo, sempre vamos conseguir uma maneira de chegar ao público com a nossa coragem, resistência e amor.”

Já Johnny Massaro, que vive um garoto profundamente incomodado com a iminência da calvície, afirmou que se identificou com o personagem. “Meu texto é sobre insegurança com o cabelo. A partir disso discutimos a aparência da sociedade. Essas coisas pequenas são diálogos o tempo todo […] Me sinto navegando na insegurança das aparências. Foi curioso porque antes de começar a peça, comecei a usar Minoxidil [loção capilar que ajuda a evitar a queda de cabelo]”, brincou ele.

A produção, gratuita, incentiva o público a contribuir com o Fundo Marlene Cole em prol dos trabalhadores de teatro de São Paulo. Fica a dica! (por Baárbara Martinez)

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