Fazendo as contas dos melhores e piores momentos dos 70 anos de reinado que completou em 6 de fevereiro, Elizabeth II teria incluído nessa última categoria os divórcios de três de seus quatro filhos, conforme consta no novo livro “Queen of Our Times: The Life of Queen Elizabeth II” (“Rainha de Nossos Tempos: A Vida da Rainha Elizabeth II”, em tradução livre). O livro chegará às prateleiras das livrarias do hemisfério norte em 5 abril e já bateu recordes em números de pré-venda.
Autor da obra, o jornalista e documentarista britânico Robert Hardman afirma nela que a chefe da Casa Real de Windsor considera os fins dos casamentos da princesa Anne e dos príncipes Charles e Andrew como “derrotas pessoais” suas e algo que a deixa “profundamente entristecida”.
Vale lembrar que além de rainha da Inglaterra, a monarca de 95 anos também é a autoridade máximo da Igreja Anglicana de lá, que é contra o divórcio, apesar de que hoje em dia não se posiciona sobre os fins de casamentos da mesma forma extrema que fazia décadas atrás.
Divórcios sempre estiveram na “pauta do dia” para ela, que só ascendeu ao trono porque seu tio, o ex-rei Edward VIII, não conseguiu manter-se no cargo e se casar com a americana Wallis Simpson, que tinha não apenas um mas dois divórcios no currículo quando o conheceu.
Edward VIII abdicou em dezembro de 1936 para ficar com Simpson, o que de certa forma representa um divórcio da Coroa, abrindo caminho para que seu irmão e pai dela, o rei George VI, assumisse seu lugar e a transformasse na número um na linha sucessória do Reino Unido.
Décadas adiante, em 1992, a princesa Anne se divorciou de Mark Phillips. E em 1996 foram os príncipes Charles e Andrew que se divorciaram de suas mulheres, respectivamente Sarah Ferguson e a princesa Diana, cujo divórcio do herdeiro natural de Elizabeth II foi um dos fatos que mais balançaram a monarquia britânica até hoje. Mas, apesar dos pesares, Sua Majestade considera ter mais motivos para comemorar seu Jubilei de Platina do que o contrário.
