Publicidade
Karen Jonz
Foto: Divulgação/ Pedro Pinho

Tetracampeã mundial de skate, Karen Jonz tem muitas facetas: além do esporte, é comentarista, pintora e cantora. Depois de sua categoria skate vertical feminino não participar da última Olimpíada, ela se dedicou à música e aproveitou para criar o primeiro disco da carreira, “Papel de Carta”, com a produção de seu marido, Lucas Silveira, vocalista da banda Fresno.

Karen conta que os dois sempre se comunicaram trocando composições. Isso começou depois de ter sido esnobada pelo cantor quando os dois se conheceram. “Ficamos muito amigos depois que cada um terminou um relacionamento em que estava. Depois de um tempo, resolvi me declarar para ele, mas levei um pé na bunda”, lembra a artista, rindo, em papo com o GLMRM.

Depois do coração partido, ela diz, o vocalista passou a comentar em todas suas fotos nas redes sociais. Karen não se aguentou e escreveu uma canção chamada “Stupid” (idiota em inglês) como resposta às investidas.

“Eu pensava: ‘Esse cara não quer nada comigo, mas fica comentando as minhas fotos?'”, comenta. No dia seguinte ao fora, viajou aos EUA para se dedicar ao skate e só foi assumir o romance quando voltou ao Brasil. Os dois estão juntos há 10 anos e são pais de Sky, de 6.

Casamento musical

Em “Papel de Carta”, Karen mantém a tradição entre marido e mulher e responde Lucas com “Terapia”, a primeira faixa do disco. “Falei de nós na terapia / Logo mais vou superar / Mas saiba que a minha alegria / Só eu quem posso cancelar”, canta em resposta à canção “Sua Alegria Foi Cancelada”, do Fresno.

Com a parceria, ambos descobriram que o cantor tinha liberdade para ser mais exigente com Karen do que com outros artistas que produzia. “Ele me pediu para fazer uma voz que eu não conseguia. Mesmo tendo me irritado na hora, foi bom porque fiz aula de canto e percebi que também precisava voltar com aulas de piano”, contou.

O trabalho em família já rendeu muitos bons momentos aos dois, mas outros nem tão positivos, como foi o episódio, durante as Olímpiadas de Tóquio, em que um apresentador disse que a skatista era conhecida por ser esposa de Lucas. “Não sou conhecida por isso, sou conhecida porque sou tetracampeã mundial”, rebateu na época.

Hoje, Karen diz não se importar com o rótulo. “Tenho muito orgulho de ser casada com ele”, entrega.

Cartas não escritas

O nome do disco foi a última ideia de Karen para o projeto. “O álbum são as cartas que eu não escrevi e gostaria de ter trocado”, explicou sobre a obra que fala de parceria e relações.

Como não tem campeonato de sua categoria no skate no momento, Karen se dedica à carreira musical em tempo integral. No lugar de campeonatos, gravação de clipes, organização de turnê e até novas composições vem por aí.

Confira “Papel de Carta”:

VOCÊ TAMBÉM PODE GOSTAR

Trump, Hollywood e um déjà-vu que ninguém pediu

Trump, Hollywood e um déjà-vu que ninguém pediu

Trump tenta ressuscitar a franquia Rush Hour ao se aproximar de investidores e de Brett Ratner, num movimento que parece mais político do que cinematográfico. A proposta mistura nostalgia, estratégia cultural e a tentativa de reabilitar nomes controversos, mas enfrenta um mercado que não demonstra demanda real por um quarto filme. O episódio revela mais sobre a necessidade de Trump de reafirmar sua persona pública do que sobre qualquer impulso criativo em Hollywood.
Tom Cruise enfim leva seu Oscar…

Tom Cruise enfim leva seu Oscar…

Tom Cruise foi o grande nome do Governors Awards ao receber, após 45 anos de carreira, seu primeiro Oscar — um honorário. Em um discurso íntimo e preciso, ele relembrou a infância no cinema e reafirmou que fazer filmes “é quem ele é”. A entrega por Alejandro Iñárritu, seu novo parceiro em um projeto para 2026, reforçou o peso artístico do momento. Nos bastidores, o prêmio foi visto como aceno da Academia a um dos últimos astros capazes de mover massas ao cinema. Uma noite que selou não só um reconhecimento tardio, mas também a necessidade de Hollywood de se reconectar com sua própria grandeza.

Instagram

Twitter