Publicidade
Mônica Martelli
Foto: Rodrigo Peixoto

Após adiar a reestreia de “Minha Vida em Marte” devido a alguns problemas de saúde, Mônica Martelli está de volta aos palcos com Fernanda, uma mulher de 40 e poucos anos, casada há 8, que vive uma crise no relacionamento, mas, como tantas outras, tem muito pouca paciência e coragem para encarar as aventuras da vida de solteira.

Para a atriz e apresentadora, a peça, que levou milhares de espectadores aos teatros desde 2017 e ganhou uma bem-sucedida versão nos cinemas, mostra como relações e rotina não andam lado a lado. “A rotina massacra as relações. Não tem amor que sobreviva ao massacre do dia a dia”, diz ao GLMRM.

“Minha Vida em Marte” mostra o cotidiano de um casal real: desde a conversa sobre como o filho está na escola até a falta de libido entre eles e o medo da separação que assombra um relacionamento longo. Em outras palavras, afirma, mostra “o medo de uma mulher de 45 anos de ficar solteira novamente e precisar se reinventar”.

Essa é, para a atriz, uma das chaves que explicam o sucesso da história: uma identificação imediata de quem vive, já viveu ou conhece alguém na mesma situação. “Todo mundo já viveu uma crise ou vai viver um dia, não existe relacionamento sem perrengue porque cada pessoa vem com seu histórico e seu perrengue”, conta.

Foto: Rodrigo Peixoto

Saudade de Paulo Gustavo

Impossível pensar em “Minha Vida em Marte” e não lembrar de Paulo Gustavo, o ator e um dos melhores amigos de Mônica que contracenou com ela no longa. Mesmo que ele não tenha participado da peça, a artista admite lembrar sempre do colega, cuja morte de Covid no ano passado tornou tudo em sua vida diferente.

“Estou tentando ainda me recolocar nesse mundo sem o Paulo Gustavo, que me ligava 10 vezes por dia, tentando viver sem aquela risada. Ele levantava minha autoestima, assistiu à peça umas seis vezes”

Mônica conta que ainda pensa no amigo todas as vezes que sobe ao palco, que se consagrou nos palcos, fazendo comédia, antes de ganhar a TV. “Ele lotava todos os teatros, de norte a sul, percorrendo tudo. Era a coisa mais importante da vida dele e ele sempre vai estar junto comigo”.

A peça estreou em São Paulo no último dia 2 e fica em cartaz no Teatro Renault até 25 de setembro.

VOCÊ TAMBÉM PODE GOSTAR

Trump, Hollywood e um déjà-vu que ninguém pediu

Trump, Hollywood e um déjà-vu que ninguém pediu

Trump tenta ressuscitar a franquia Rush Hour ao se aproximar de investidores e de Brett Ratner, num movimento que parece mais político do que cinematográfico. A proposta mistura nostalgia, estratégia cultural e a tentativa de reabilitar nomes controversos, mas enfrenta um mercado que não demonstra demanda real por um quarto filme. O episódio revela mais sobre a necessidade de Trump de reafirmar sua persona pública do que sobre qualquer impulso criativo em Hollywood.
Tom Cruise enfim leva seu Oscar…

Tom Cruise enfim leva seu Oscar…

Tom Cruise foi o grande nome do Governors Awards ao receber, após 45 anos de carreira, seu primeiro Oscar — um honorário. Em um discurso íntimo e preciso, ele relembrou a infância no cinema e reafirmou que fazer filmes “é quem ele é”. A entrega por Alejandro Iñárritu, seu novo parceiro em um projeto para 2026, reforçou o peso artístico do momento. Nos bastidores, o prêmio foi visto como aceno da Academia a um dos últimos astros capazes de mover massas ao cinema. Uma noite que selou não só um reconhecimento tardio, mas também a necessidade de Hollywood de se reconectar com sua própria grandeza.

Instagram

Twitter