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Felipe Hirsch
Foto: Annemone Taake/Divulgação

Depois de uma primeira exibição na Mostra do Rio, o documentário “Nossa Pátria Está Onde Somos Amados”, do diretor e dramaturgo Felipe Hirsch, terá uma sessão na 46ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, neste sábado (29), no Cine Sesc. A exibição, para convidados, contará com a presença do líder indígena e escritor Ailton Krenak, um dos entrevistados no longa.

Além de Krenak, o documentário conta com a participação de nomes como o do xamã e também escritor Davi Kopenawa, dos músicos Juçara Marçal, Kiko Dinucci e Lia de Itamaracá, do advogado e escritor Silvio Almeida, dentre outros. O longa foi filmado em maio deste ano no Museu da Língua Portuguesa, durante uma série de debates, shows, filmes, aulas e exposições realizados para marcar o Dia Internacional da Língua Portuguesa.

Créditos: Divulgação | Café Royal

No longa, Felipe Hirsch aprofunda sua pesquisa sobre as palavras que nos unem e que também podem nos afastar, demonstrando como somos formados por uma variedade de pátrias. O diretor conta essa história por meio de várias vozes: Kadu Ori, o rapaz que escala a torre da Central do Brasil para pichar a frase do título; o ativista Krenak, que foi até a Rússia para encontrar os restos mortais de sua língua; o xamã yanomami Kopenawa, que foi a São Paulo para dizer o quanto percebe o português como uma ameaça.

Hirsch já havia se debruçado sobre nossa língua e seus desdobramentos na peça “Língua Brasileira”, em colaboração com Tom Zé e o coletivo Ultralíricos. Uma epopéia sobre os povos que formaram a língua que falamos, a montagem é um passeio pelos inconsciente brasileiro, falada (e cantada) em seus mitos e cosmogonias, origens ibéricas, romanos, bárbaros e árabes, pela África e América Nativa.

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