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O quarto dia de Fashion Rio foi bem, digamos assim, eclético. Começou com Patrícia Viera, que preferiu receber em sua loja, no Leblon. “Me inspirei na natureza da Jamaica, nas cores. Lá não tem seda, Gucci, Prada. É tudo linho, juta. Adorei o bordado rústico deles, mas para reproduzir tem que ter cuidado para não ficar grosseiro. Também trouxe o trançado dos cabelos como referência para a coleção, que é focada no conforto. Eles são um povo simples, mas têm um ar de realeza. É a força do leão [símbolo rastafári]”, explicou a estilista, que fez sucesso com as novas tonalidades de suas famosas peças de couro. Para dar o clima, Bob Marley no som, modelo negra de cabelo afro circulando pelo espaço e um backdrop com a foto de uma cachoeira do país, onde ela posava com cada look do verão de Patrícia.

Na Marina da Glória, a primeira foi Nica Kessler, com tecidos azul piscina pendurados formando desenhos de ondas. Nica quis trazer o fundo do mar para o desfile, que teve styling de Felipe Veloso. As estampas – de peixes – levam a assinatura do artista plástico Gabriel Castro. Na fila A, Antonia Frering. A atriz ficou para assistir à marca Herchcovitch, que veio com um clima preppy, aliado a elementos pinçados em uma série de fotos de Richard Avedon, “The American West”, que mostram trabalhadores de minas de carvão e petróleo. Resultado? Jeans resinado com lavagem destroyed, listrado estonado, marrom com pigmentos em preto e tie dye em tons de cinza. Destaque para os macacões.

A Salinas deixou tudo mais leve e propôs uma viagem delícia à Itália do final dos anos 50, no clima “dolce vita” dos verões que instigavam uma sensualidade quase inocente. Muito poá, listra, estampa de fruta e de paisagens como se fossem fotogramas. Entre os shapes, aposta no sutiã meia taça. Depois, o funk da Coca-Cola Clothing, com Bruna Marquezine. Neymar não apareceu, mas a atriz fez elogios ao namorado no backstage, dizendo que ele é “muito estiloso”… No ritmo do batidão das comunidades, uma coleção street wear multicolorida. Teve muito fashionista se segurando na cadeira para não se deixar levar pela música. Ah, e Marlon Teixeira arrancou suspiros.

Na sequência, a trilha continuou no clima festa. A Reserva trouxe uma banda para tocar ao vivo, em versões marchinha de Carnaval, sucessos de Roberto Carlos, como “Ilegal, Imoral ou Engorda”, “É Proibido Fumar” e “Quero Que Tudo Vá Pro Inferno”. Na passarela, quase não dava pra ver as roupas. Os modelos apareceram carregando uma barra em metal presa nas costas, que vinha até a frente, pendurando um cabide, cada um com uma fantasia diferente, que se sobrepunha às peças da coleção. Tinha de Batman, Homem Aranha e até Chapolin. Tudo para fazer uma sátira à vida contemporânea dos modismos e tendências e propor o foco em desfiles mais “reais” e em coleções pensadas para “pessoas de verdade”. Deu certo? Bom, barulho fez. Modelos e músicos abandonaram a sala e foram circular pela Marina, promovendo um bloquinho fora de época por lá. Vem ver tudo aqui na nossa galeria, glamurette!

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