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A Campanha Fevereiro Laranja existe para conscientizar a população sobre a prevenção, diagnóstico e combate à leucemia – um tipo de câncer do sangue -, além da importância da doação de medula óssea. A doença ganhou destaque no noticiário após a influenciadora Fabiana Justus, de 37 anos, filha do empresário Roberto Justus, ter sido diagnosticada com leucemia mieloide aguda, um dos tipos mais comuns da enfermidade. Conversamos com o médico hematologista Renato de Castro, da Oncologia D’Or, para entender melhor a leucemia, suas causas, sintomas e tratamentos.

Podemos obter informações sobre a leucemia e sua incidência no país?

A leucemia é uma enfermidade que atinge as células sanguíneas da medula óssea, provocando a multiplicação desordenada de células imaturas do sangue, que sofrem mutações genéticas, adquirem características cancerígenas e substituem as células saudáveis. Sem considerar os tumores de pele não melanoma, é um dos dez tipos de câncer mais recorrentes no Brasil. Estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA) indicam que, em 2024, serão diagnosticados 11.540 novos casos da enfermidade. Esse câncer no sangue é classificado de acordo com a velocidade do crescimento: lento (leucemia crônica) e rápido (leucemia aguda). Também é subdividido segundo o tipo de células que acomete: linfoides e mieloides. Os principais tipos da doença são a leucemia linfoide aguda – mais frequente em crianças –, a leucemia mieloide aguda – mais comum em adultos – e as leucemias linfoide e mieloide crônicas – mais prevalentes em pessoas com 50 anos ou mais.

Como é a leucemia que acomete a influenciadora Fabiana Justus?

Fabiana Justus foi diagnosticada com leucemia mieloide aguda – doença que tem este nome porque se origina no setor mieloide da medula óssea. Ela acomete pessoas de todas as faixas etárias, sendo mais frequente em idosos, que representam mais da metade dos casos. A enfermidade se desenvolve de forma muito rápida, interrompendo a produção das células normais de sangue. Em poucas semanas, o paciente fica muito fragilizado. O diagnóstico é feito após o surgimento dos sintomas. No caso de Fabiana Justus, os sinais foram desconforto nas costas e febre. Outros sintomas são fadiga, falta de ar, dor de cabeça, palidez, sangramento e infecções frequentes.

Existe tratamento para esse câncer no sangue?

Existe, sim. Embora o tratamento convencional seja quimioterapia, nos últimos anos surgiram novos medicamentos, que aumentaram as chances de cura da doença. Graças às análises genéticas, hoje em dia é possível classificar a leucemia mieloide aguda em vários subtipos, permitindo saber de antemão qual tratamento é adequado para o paciente. Basicamente, são duas classes de novos medicamentos. Uma delas engloba os anticorpos monoclonais que são indicados para alguns subtipos de leucemia mieloide aguda. Como um míssil teleguiado, eles atingem a membrana das células cancerígenas e, junto com a quimioterapia, destroem os tecidos doentes. Outra classe é formada por drogas-alvo que atuam diretamente nas mutações genéticas que causam a doença. O transplante de medula óssea alogênico é indicado para as leucemias com alto risco de recaída ou que são resistentes à quimioterapia. O procedimento envolve um doador saudável e o receptor portador de leucemia mieloide e pode ser recomendado mesmo após o tratamento de primeira linha ter mantido a doença sob controle.

É possível prevenir a leucemia?

Não há exames específicos para prevenção e diagnóstico precoce da leucemia. O câncer é confirmado quando um aspirado da medula óssea é feito após terem sido detectadas alterações no hemograma comum, realizado em geral numa emergência quando há sintomas ou no check-up anual. Por isso, a melhor forma de prevenir a doença é adotar hábitos de vida saudáveis como ter uma alimentação equilibrada, praticar atividades físicas, não fumar e evitar o consumo de alimentos ultraprocessados.

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