A qualidade do sono é um componente vital para o bem-estar físico e mental. A privação do sono, que pode ocorrer devido a condições como insônia ou outros fatores, é capaz de provocar uma série de complicações sérias à saúde.
Conforme afirma André Ferreira, neurologista e especialista em distúrbios do sono no Hospital Santa Lúcia em Brasília, a falta de descanso apropriado aumenta o tempo de vigília, resultando em fadiga intensa, irritabilidade e contribuindo para o surgimento de transtornos como ansiedade e depressão.
“A ausência de um sono reparador compromete a funcionalidade cerebral. Com os neurônios sobrecarregados, a capacidade cognitiva se torna prejudicada, pois não há tempo suficiente para a recuperação necessária”, destacou Ferreira em uma entrevista anterior ao Metrópoles.
O neurologista ressalta que o cérebro não possui mecanismos compensatórios para lidar com a falta de sono, o que leva a uma pressão fisiológica crescente pela necessidade de descanso.
“Um dos primeiros sinais após uma semana sem dormir adequadamente é a diminuição da atenção. Os pacientes frequentemente relatam cansaço extremo e sonolência diurna. Em situações mais críticas, outros tipos de prejuízos cognitivos podem surgir”, afirmou André.
Priscila Gontijo, nutricionista da Puravida, recomenda que o ideal é conseguir pelo menos sete horas de sono de qualidade por noite.
“Um cérebro descansado apresenta uma capacidade aprimorada de concentração. A falta de sono compromete o desempenho cognitivo porque a assimilação de aprendizados e memórias ocorre durante as horas de descanso noturno. Aqueles que dormem adequadamente têm um foco melhor, memória ativa e maior produtividade”, explicou Priscila em uma conversa anterior ao Metrópoles.
Segundo a especialista, uma noite bem dormida impacta diretamente no bem-estar físico e mental, trazendo benefícios significativos como:
“Dormir é fundamental para revitalizar tanto o corpo quanto a mente. Quanto mais restaurador for o descanso, mais energia terá a pessoa para suas atividades diárias”, concluiu Priscila.
Por fim, o neurologista enfatiza que caso a qualidade do sono não apresente melhorias, buscar orientação médica é essencial.
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