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A WWE, maior promoção de wrestling do mundo, anunciou nessa quarta-feira, 5, um novo e ambicioso acordo com a rede americana de televisão ESPN que prevê a transmissão exclusiva dos principais eventos da companhia de luta livre no novo serviço de streaming da emissora esportiva a partir do ano que vem. O contrato de cinco anos está avaliado em US$ 1,6 bilhão (R$ 8,75 bilhões), o equivalente a US$ 325 milhões (R$ 1,75 bilhão) por ano, e inclui todos os eventos de transmissão ao vivo (Premium Live Events) da WWE, como WrestleMania, Royal Rumble, SummerSlam, Survivor Series e Money in the Bank. Parte desses eventos também será exibida nos canais lineares da ESPN nos Estados Unidos.

O movimento representa uma guinada importante na estratégia de distribuição da WWE, que atualmente exibe seus grandes shows via Peacock, plataforma da NBCUniversal. O acordo com o Peacock, em vigor desde 2021, era estimado em cerca de US$ 180 milhões (R$ 984,6 milhões) anuais, o que mostra um salto expressivo de receita para a empresa controlada pela TKO Group Holdings, que também administra o UFC. Nesse sentido, a transição para a ESPN reforça o apelo comercial da WWE e seu posicionamento como uma potência de entretenimento esportivo global.

A estreia dos conteúdos da WWE no novo serviço da ESPN acontecerá a partir de janeiro de 2026, poucos meses após o lançamento oficial da plataforma, marcado para 21 desse mês. O serviço, ainda sem nome oficial, terá assinatura mensal em torno de US$ 30 (R$ 164,10) e reunirá os canais ESPN, ESPN2, ESPN Deportes e conteúdos sob demanda em um único ambiente digital. O negócio bilionário contempla ainda acesso a estatísticas em tempo real, personalização de conteúdos e experiências interativas voltadas para fãs hardcore de esportes.

O presidente da ESPN, Jimmy Pitaro, declarou que o público da WWE é “extremamente engajado” e que a chegada da marca ao ecossistema da emissora ajudará a impulsionar assinaturas e retenção no novo serviço. Já o CEO da TKO, Mark Shapiro, destacou a força da ESPN como parceira estratégica, afirmando que a aliança oferece escala, credibilidade e uma vitrine de classe mundial para os maiores espetáculos da WWE. A escolha da ESPN também reflete uma tendência maior de consolidação de conteúdo esportivo em grandes hubs digitais.

O acordo com a ESPN não apenas reposiciona a WWE no mercado de mídia esportiva, como também acontece em um momento chave para a TKO, que ainda negocia os futuros direitos de transmissão do UFC, hoje também sob contrato com a ESPN, mas com renovação em aberto. A movimentação pode sinalizar uma integração mais ampla entre as marcas do grupo, em um cenário em que as ligas esportivas buscam se adaptar ao consumo sob demanda e aos novos formatos digitais. Com WWE no Netflix (Raw), USA Network (SmackDown) e agora ESPN (PLEs), a empresa diversifica suas frentes e amplia sua presença global.

(Crédito da imagem: Reprodução)

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