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Depois de meses de disputa judicial com a francesa Petrus, a marca de vinhos Putos — criada pelos humoristas Danilo Gentili, Diogo Portugal e Oscar Filho — ganhou um novo capítulo saboroso (e irônico) na justiça brasileira.

O Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) deferiu o registro do rótulo do Putos, reconhecendo que o design é original e não gera confusão com nenhuma outra marca, incluindo a prestigiada Petrus, uma das vinícolas mais caras do mundo.

Ou seja: oficialmente, o Estado brasileiro declarou que o Putos não é uma imitação, nem tenta se passar por um vinho de Bordeaux.

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Da proibição ao brinde

A história começou em 2024, quando a Justiça proibiu a venda do vinho no país sob acusações de plágio, concorrência desleal e parasitismo comercial. À época, a decisão soou tão desproporcional quanto o próprio humor do trio criador: “parecia até que a gente tivesse feito uma versão pirata de Bordeaux na garagem”, brinca Oscar Filho.

A proibição, no entanto, não foi total. O Putos Branco e o Rosé continuaram liberados para venda — apenas o estoque existente no Brasil, cerca de 22 mil garrafas. Já o Tinto, coitado, segue tristonho, aguardando novos desdobramentos.

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Um brinde ao bom senso (e à ironia)

A decisão do INPI trouxe um fôlego de otimismo aos criadores da marca. “Agora, se quiserem continuar proibindo, vão ter que inventar outra desculpa. Talvez dizer que ‘Putos’ ofende a moral e os bons costumes. Mas aí a gente processa metade do Twitter”, ironiza Oscar.

O humorista também destacou o paradoxo curioso da situação: enquanto o rótulo foi aprovado, o nome “Putos” ainda está parado no INPI, sob a justificativa de que poderia soar ofensivo. “Em Portugal, ‘putos’ significa apenas ‘garotos’. No Brasil, você pode vender vinho chamado ‘Periquita’, mas ‘garotos’ é demais, comenta, com seu habitual sarcasmo.

Brindando à liberdade criativa

Para os criadores, o caso vai além de uma disputa comercial — é um exemplo de como o bom humor e a criatividade ainda podem esbarrar em barreiras absurdas. Mesmo assim, a marca segue viva e com planos de expansão.

Enquanto o Tinto segue em suspense, o Branco e o Rosé continuam disponíveis, prontos para quem quiser brindar não só ao sabor, mas à liberdade de criação e expressão — ingredientes que parecem sempre fermentar bem nas mãos de humoristas.

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