Publicidade

A escolha de Bad Bunny como atração principal do show do intervalo do Super Bowl LX, em 2026, está provocando reações intensas nos Estados Unidos. Uma petição online, que já ultrapassou 60 mil assinaturas, pede que o astro porto-riquenho batizado Benito Antonio Martinez Ocasio seja substituído por George Strait, ícone da música country americana. O movimento alega que o evento deveria “celebrar tradições nacionais” e considera a escolha de Bad Bunny “inadequada” para o público do Super Bowl.

Bad Bunny, contudo, é atualmente um dos artistas mais influentes do mundo. Suas turnês esgotam estádios em todos os continentes, e ele figura consistentemente entre os músicos mais ouvidos no Spotify global. Desde que se tornou o primeiro artista latino a liderar o festival Coachella, o cantor consolidou uma carreira que desafia fronteiras linguísticas e culturais, expandindo o alcance do reggaeton e do trap latino para audiências antes dominadas pelo pop anglo-saxão.

A petição contra o artista, nesse sentido, vai além de preferências musicais e reflete um embate cultural sobre representatividade e identidade nos EUA. Parte dos signatários argumenta que o show do intervalo deveria “honrar a música americana”, enquanto críticos dessa reação afirmam que Bad Bunny representa a verdadeira diversidade contemporânea do país — um retrato mais fiel de sua população multicultural e bilíngue. A NFL (a Liga Americana de Futebol, na sigla em inglês), ao escolhê-lo, reforça a estratégia de se conectar com novas gerações e públicos latino-americanos.

Apesar da mobilização digital, é improvável que a liga reverta a decisão. Produções dessa escala envolvem contratos e patrocínios fechados com meses de antecedência. Especialistas apontam que, historicamente, petições semelhantes raramente alteraram o curso do Super Bowl, que se consolidou como vitrine de tendências e não de tradições. O caso, porém, mostra como o público tenta participar de forma mais direta das decisões culturais.

Mais do que uma disputa entre gêneros musicais, a polêmica ilustra a tensão entre um passado que busca preservação e um presente que se transforma. Bad Bunny, com seu impacto global e estética ousada, simboliza essa virada: a de uma indústria pop que fala múltiplos idiomas, atravessa fronteiras e redefine o conceito de “música americana” no século 21.

(Crédito da imagem: Reprodução)

VOCÊ TAMBÉM PODE GOSTAR

Príncipe Andrew renuncia ao uso de títulos reais após novas pressões sobre caso Epstein

Príncipe Andrew renuncia ao uso de títulos reais após novas pressões sobre caso Epstein

O príncipe Andrew renunciou aos títulos reais, incluindo o de duque de York e o tratamento de Sua Alteza Real, com o consentimento do rei Charles III. A decisão ocorre após novas revelações no livro póstumo de Virginia Giuffre sobre o caso Epstein. Embora continue titular legal do ducado, Andrew se afasta de vez da vida pública, e sua ex-esposa, Sarah Ferguson, também deixará de usar o título de duquesa de York. A medida, vista como simbólica, reflete o esforço da monarquia britânica em preservar sua credibilidade e encerrar um dos capítulos mais controversos de sua história recente.
Pressão Legal Abala Boicote de Cineastas à Indústria Israelense

Pressão Legal Abala Boicote de Cineastas à Indústria Israelense

Advogados do grupo Lawyers for Israel enviaram uma carta à Netflix e à BBC acusando artistas e instituições do Reino Unido de promoverem um boicote ilegal contra o cinema israelense. O movimento, impulsionado pela campanha Film Workers for Palestine, pede a suspensão de parcerias com entidades israelenses durante a guerra em Gaza. Para os advogados, a ação viola leis antidiscriminação britânicas; já os apoiadores defendem o boicote como forma legítima de protesto. A polêmica divide a indústria e pode definir novos limites entre ativismo político e discriminação no entretenimento global.

Instagram

Twitter