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Por Manuela Almeida

Depois de ficar 10 anos longe das telas para se dedicar ao Ministério da Cultura – primeiro como secretário da Identidade e Diversidade Cultural, depois presidente da Funarte e mais tarde secretário de Políticas Culturais –, Sérgio Mamberti voltou a atuar em 2013, na novela global “Flor do Caribe”. Agora, com quase 75 anos de idade, o ator quer escrever roteiros, dirigir peças e atuar mais no cinema e na televisão. Ao Glamurama, ele discute leis de incentivo à cultura, conta sobre seu próximo projeto e a peça de teatro que ele quer dirigir e lançar em 2015. Confira.

Você acha que o projeto de incentivo à cultura Lei Rouanet serviu o seu propósito? 

O problema da lei é que ela substancialmente privilegiava São Paulo e Rio de Janeiro. Tanto é que entrou em vigor no ano passado a lei Procultura [para tomar o seu lugar]. Este novo projeto tem por objetivo democratizar o acesso à verba cultural no país. Muitos pensam que a lei foi feita para beneficiar artistas, mas o objeto é o cidadão. O interesse é fazer como que ele possa usufruir de seus direitos culturais plenamente.

O teatro brasileiro poderia atrair um público maior?

O teatro não é muito acessível. Existem campanhas de popularização, mas faltam iniciativas para diminuir o custo dos ingressos. Entretanto, existe agora o Vale-Cultura.

O que falta para o cinema brasileiro ganhar relevância no exterior?

Já temos relevância no exterior. O cinema brasileiro tem qualidade, mas ultimamente não temos tido visibilidade. O problema hoje em dia não é produzir, e sim exibir. No Brasil, não temos salas de cinema o suficiente para exibir filmes brasileiros de qualidade junto com blockbusters americanos. Os filmes hollywoodianos chegam e tomam o lugar dos longas nacionais. Mas isso não é uma questão só nossa, acontece na Europa também. O cinema americano predomina mesmo.

De volta à sua carreira de ator, qual será o seu próximo projeto?

Estou ensaiando a peça “O incrível regresso de Boris Spielman”, que deve estrear em maio, no Teatro dos Quatro, no Shopping da Gávea, no Rio de Janeiro. Eu vou interpretar o próprio Boris Spielman, um velho ator que é escolhido para fazer o papel do rei Lear da peça “O Rei Lear”, de Shakespeare. Mas como ele está longe dos palcos há um tempo, procura o apoio do seu filho (0 ator Marcus Alvisi) com quem tem uma relação estremecida.

Você pensa em voltar para o Ministério da Cultura?

Não. Depois de 10 anos no Ministério da Cultura, eu quero me dedicar à minha carreira de ator. Vou fazer 75 anos de idade e eu ainda quero escrever roteiros e atuar mais no cinema e na televisão.

E dirigir algum filme ou peça?

Sim, eu vou dirigir uma peça sobre Falstaff, um dos personagens mais famosos de Shakespeare. A peça será uma junção das histórias “As alegres comadres de Windsor”, “Henrique IV” e “Henrique V” do escritor inglês. O roteiro será uma colaboração minha com outra pessoa ainda não definida. Mas, além de escrever o texto, eu farei o papel de Falstaff. Me identifico muito com esse personagem retratado por Shakespeare como um bobo da corte. Ele é engraçado e trágico ao mesmo tempo. O diretor da peça ainda não foi decidido, mas eu gostaria que fosse o italiano Daniele Finzi Pasca. A previsão de estreia é em 2015.

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