Publicidade
Boninho e a mulher, Ana Furtado, na sessão para convidados do musical “Crazy for You”, essa segunda-feira no Rio

Por Michelle Licory

O “SuperStar”, reality show musical com bandas comandado por Boninho, perdeu para o “Programa Silvio Santos”, do SBT, nos índices de audiência pelo terceiro domingo seguido. Crise? Melhor perguntar direto para o Big Boss. Foi o que a gente fez. “Eu faço um programa para a TV Globo. Ela que tem que dizer se ele está vendendo, se a audiência está satisfatória. O importante é o resultado final. Nesse domingo, demos 9 pontos. Para a TV americana, por exemplo, é audiência de prime time. A TV aberta no Brasil atinge as pessoas de forma diferente, e isso ainda vai demorar pra mudar. Adianta um  programa que é muito ruim e dá muita audiência? Deixa no ar?”, cutucou. “Vamos acompanhar o ‘SuperStar’, e eles[a cúpula da Globo] vão ver se foi bom, se terá uma segunda temporada…  Isso tem que ser mais pra frente. É preciso equilibrar concorrência com qualidade.”

* Comentamos que a “velha guarda” costuma dizer que o pai dele, Boni, ficava no pé dos autores e diretores por causa de Ibope – e que dava telefonemas bem “enérgicos” para falar desse assunto na época em que era o todo poderoso da emissora. “Olha, o Boni, há 30 anos, colocou cinema mudo de Charles Chaplin em um domingo. Não me lembro, mas não deve ter dado audiência. De qualquer forma, ele achou que era importante exibir.” Quer dizer que Boninho não faria tudo pela audiência? “Não é bem assim. Apelar é… Eu faço TV! Você precisa entregar um bom produto, e que atenda a uma demanda, que seja competitivo e funcione. Se é ruim, você está fora.”

* Sobre as críticas à desenvoltura de Fernanda Lima no ao vivo… “Nesse último domingo, ela foi nota mil, estava super à vontade. Se a Fernanda tinha alguma dificuldade, jogou fora. TV é isso: tem que ter coragem para aprender na marra. Ela não tinha feito muito ao vivo antes… Mas, se alguém reclamava que ela não sabia fazer, agora não pode mais repetir isso.” Boninho virou fã de alguma banda participante em especial?  “Só torço para que todo mundo dê certo. O investimento que a gravadora Som Livre está fazendo no projeto é muito importante.” Ele também comanda o “The Voice Brasil”. Com esse timbre tão potente, não dá vontade de soltar a voz nos bastidores? “Não tem a menor chance. Sou muito desafinado.”

* O que mais o diretor quer na Globo? “Não almejo nada. Trabalho em uma empresa maravilhosa, sou bem reconhecido, está  ótimo. Gosto e tenho carinho por tudo que faço. Me divirto com todos os meus programas. Tem que queimar a mufa, a gente acerta, erra, é uma aposta. É ser humano, não robozinho.” A gente insistiu, perguntando se ele já conquistou tudo que queria. “Qualquer pessoa que diz que já conquistou tudo fica chato. Tem que sempre querer mais. Pra vida inteira. O que eu quero mais? O que vier! Bateu? Vambora!”

 

 

VOCÊ TAMBÉM PODE GOSTAR

Trump, Hollywood e um déjà-vu que ninguém pediu

Trump, Hollywood e um déjà-vu que ninguém pediu

Trump tenta ressuscitar a franquia Rush Hour ao se aproximar de investidores e de Brett Ratner, num movimento que parece mais político do que cinematográfico. A proposta mistura nostalgia, estratégia cultural e a tentativa de reabilitar nomes controversos, mas enfrenta um mercado que não demonstra demanda real por um quarto filme. O episódio revela mais sobre a necessidade de Trump de reafirmar sua persona pública do que sobre qualquer impulso criativo em Hollywood.
Tom Cruise enfim leva seu Oscar…

Tom Cruise enfim leva seu Oscar…

Tom Cruise foi o grande nome do Governors Awards ao receber, após 45 anos de carreira, seu primeiro Oscar — um honorário. Em um discurso íntimo e preciso, ele relembrou a infância no cinema e reafirmou que fazer filmes “é quem ele é”. A entrega por Alejandro Iñárritu, seu novo parceiro em um projeto para 2026, reforçou o peso artístico do momento. Nos bastidores, o prêmio foi visto como aceno da Academia a um dos últimos astros capazes de mover massas ao cinema. Uma noite que selou não só um reconhecimento tardio, mas também a necessidade de Hollywood de se reconectar com sua própria grandeza.

Instagram

Twitter