Publicidade
Claudia Leitte chega de Mulan para o último dia de Carnaval // Crédito: Paulo Freitas

Claudia Leitte assumiu sua porção feminista neste Carnaval. A musa do axé, que está mais empoderada do que nunca, escolheu homenagear mulheres poderosas que fizeram e fazem a diferença na sociedade com suas fantasias, entre elas as guardas municipais civis de Salvador, Madonna, Joana D’Arc, a lutadora de UFC Amanda Nunes Leoa e Maria Quitéria, militar baiana que foi heroína da Guerra da Independência.

No último dia oficial de Carnaval, a cantora encarna Mulan, a guerreira da Disney, à frente do bloco Largadinho. No look, desenvolvido pelo stylist Yan Acioli em parceria com Israel Valentim, foram usados materiais alternativos, além de 40 mil cristais.

Não a toa que o tema do Carnaval de Claudinha em 2020 é “We Can do It” – Nós conseguimos fazer – que levantou a bandeira do feminismo e mandou o recado sobre a força da mulher. “As mulheres inspiram, nossa força pode mover qualquer coisa, basta acreditar”, destaca Claudia em papo com o Glamurama. E a cantora falou muito mais em entrevista ao Glamurama. (por Morgana Bressiani)

Glamurama: Como surgiu a ideia de trazer um tema feminista para o Carnaval?
Claudia Leitte: Surgiu a partir de muita autorreflexão, de conversas com outras mulheres e de dados alarmantes sobre a violência física e sexual contra as mulheres. Por isso, quis aproveitar um momento de maior atenção de todos, que é o Carnaval, para falar sobre isso e conscientizar as pessoas, fazer elas refletirem mais, para que mudem seus pensamentos, comportamentos e posturas.

Glamurama: ‘Perigosinha’ é uma música que fala sobre a independência da mulher, e é o hit do verão. Como foi a escolha dessa música?
Claudia Leitte: Quando eu ouvi, senti que ela ia estourar. A letra é forte, fala dessa independência feminina, do amor próprio, da liberdade, tudo que estou entoando nesse carnaval. Além disso, é muito divertida!

Glamurama: Quais mulheres serviram e servem de inspiração para você?
Claudia Leitte: Muitas! Tantas mulheres que passaram pela minha vida e trouxeram algum ensinamento, algum aprendizado. Minha mãe, minha avó, amigas que tenho, mulheres da minha equipe, mulheres históricas que estou homenageando. As mulheres inspiram, nossa força pode mover qualquer coisa, basta acreditar!

Glamurama: Seus looks e fantasias também trazem mensagens e referências ao feminismo…
Claudia Leitte: Todos os figurinos retratam as mulheres que escolhi homenagear. Há uma preocupação muito forte em preservar e manter vivas suas lutas. São inspirações artísticas criadas com respeito e todo cuidado possível.

Glamurama: Você é uma mulher que tem espaço na mídia, e tem muita voz. Você sente uma certa obrigação de falar sobre temas importantes como este?
Claudia Leitte: Sinto sim e procuro, através do meu espaço e fala, trazer assuntos importantes à tona, fazer as pessoas refletirem, sabe?

Glamurama: Você tem dois filhos homens, o Davi e o Rafael. Como você os educa e ensina a respeitar as mulheres em uma sociedade tão machista? 
Claudia Leitte: Eles estão em fases diferentes, um fez sete, e o outro 11, está entrando na puberdade. E são completamente diferentes. Eu os educo para que amem ao próximo e não façam nenhuma distinção com ninguém, independente de nada. Ensino sobre respeito, empatia e falo sobre igualdade. Todos somos iguais, temos os mesmos direitos, os mesmos espaços. Se alguém nos proibir, não vamos aceitar, não podem tirar o que é nosso de direito.

*

Confira a galeria com todas as homenageadas por Claudinha Leitte nesse Carnaval:

[galeria]4704735[/galeria]

VOCÊ TAMBÉM PODE GOSTAR

Trump, Hollywood e um déjà-vu que ninguém pediu

Trump, Hollywood e um déjà-vu que ninguém pediu

Trump tenta ressuscitar a franquia Rush Hour ao se aproximar de investidores e de Brett Ratner, num movimento que parece mais político do que cinematográfico. A proposta mistura nostalgia, estratégia cultural e a tentativa de reabilitar nomes controversos, mas enfrenta um mercado que não demonstra demanda real por um quarto filme. O episódio revela mais sobre a necessidade de Trump de reafirmar sua persona pública do que sobre qualquer impulso criativo em Hollywood.
Tom Cruise enfim leva seu Oscar…

Tom Cruise enfim leva seu Oscar…

Tom Cruise foi o grande nome do Governors Awards ao receber, após 45 anos de carreira, seu primeiro Oscar — um honorário. Em um discurso íntimo e preciso, ele relembrou a infância no cinema e reafirmou que fazer filmes “é quem ele é”. A entrega por Alejandro Iñárritu, seu novo parceiro em um projeto para 2026, reforçou o peso artístico do momento. Nos bastidores, o prêmio foi visto como aceno da Academia a um dos últimos astros capazes de mover massas ao cinema. Uma noite que selou não só um reconhecimento tardio, mas também a necessidade de Hollywood de se reconectar com sua própria grandeza.

Instagram

Twitter