A justiça de Nova York iniciou nesta segunda-feira (5) o julgamento de Sean “Diddy” Combs, com a fase de seleção do júri. O rapper, produtor e empresário responde por acusações de tráfico sexual, agressão física e coerção.
O processo aponta que Combs usou sua influência, dinheiro e rede de contatos para explorar mulheres ao longo de duas décadas. A previsão é que o julgamento dure pelo menos oito semanas.
Acusações detalham padrão de abuso
De acordo com os promotores, Diddy teria coordenado eventos privados com mulheres recrutadas sob promessas de carreira. Muitas vezes, essas ocasiões envolviam drogas, álcool e atividades sexuais com profissionais do sexo. O próprio artista se referia a esses encontros como “Freak Offs”.
As vítimas, segundo a acusação, eram pressionadas e ameaçadas. Se não cooperassem, sofriam retaliações. Em certos casos, os relatos mencionam espancamentos, sequestros e até incêndios criminosos.
Violência e silêncio
Um dos episódios mais marcantes envolve a cantora Cassie, ex-namorada de Diddy. Imagens de 2016 mostram o artista agredindo-a em um hotel. A cantora apresentou uma ação judicial em 2023, na qual o acusa de anos de abuso, incluindo estupro.
O advogado do rapper reconheceu que o relacionamento foi tóxico, mas alegou que todas as relações sexuais eram consensuais. Ele também negou que qualquer atividade tivesse sido parte de uma organização criminosa.
Histórico de polêmicas
Embora este seja o processo mais grave, não é o primeiro. Em 1999, Diddy foi acusado de agredir um executivo com uma garrafa. No mesmo ano, se envolveu em um tiroteio após uma festa com Jennifer Lopez. Foi absolvido, mas um integrante de sua equipe acabou preso.
Em 2015, ele se envolveu em outra briga, desta vez em uma universidade da Califórnia, onde supostamente atacou alguém com um peso de academia. O caso foi arquivado.
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