Imagens mostram o artista arrastando uma mulher em corredor de hotel; promotores afirmam que ato está ligado a festas com coerção sexual
Júri começa a ser formado
O julgamento do cantor Sean “Diddy” Combs se aproxima. A seleção do júri teve início nesta semana, e as alegações iniciais começam em 12 de maio. O rapper e produtor responde por cinco acusações criminais, entre elas extorsão e tráfico sexual.
Ele se declarou inocente, e seus advogados prometem demonstrar que as mulheres envolvidas nos eventos participaram de forma voluntária. Mesmo assim, a defesa reconhece o desafio que terá pela frente.
Imagens levantam dúvidas
O ponto mais delicado do processo é um vídeo de vigilância de 2016. Nele, Diddy aparece chutando e arrastando uma mulher em um corredor de hotel, supostamente após ela tentar sair de uma das chamadas festas “Freak Offs”, que envolviam sexo e drogas.
A defesa tenta minimizar o impacto do vídeo. Eles alegam que se trata de uma disputa amorosa, fora do contexto das acusações de coerção. O advogado Marc Agnifilo afirma que a mulher teria saído do quarto com pertences do artista e que o episódio não caracteriza tráfico sexual.
Acusadoras dizem ter sido coagidas
Pelo menos quatro mulheres devem testemunhar no julgamento. Elas acusam Diddy de tê-las atraído com promessas de ajuda financeira ou relacionamentos, e depois coagido a participar de atos sexuais com outros parceiros e profissionais do sexo.
Segundo os promotores, o artista utilizava sua rede de empresas para organizar, financiar e acobertar essas festas. A acusação se apoia na lei RICO, criada para desmantelar organizações criminosas.
Defesa fala em estilo de vida alternativo
Os advogados do cantor alegam que tudo se tratava de um estilo de vida “swinger” consensual, com envolvimento de parceiros adicionais em relações íntimas já existentes. Eles afirmam ainda que algumas mulheres estariam motivadas financeiramente a acusá-lo, buscando acordos extrajudiciais.
Um dos exemplos citados envolve uma suposta tentativa de chantagem, em que uma mulher teria pedido US$ 30 milhões para não divulgar uma autobiografia. Outro caso, com a cantora Cassie Ventura, ex-namorada de longa data, foi resolvido fora dos tribunais dias após a denúncia.
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