Nos últimos anos, a Geração Z tem chamado a atenção por um fenômeno curioso: o declínio na atividade sexual. De acordo com um estudo do Instituto Karolinska, entre 2002 e 2022, a abstinência entre jovens de 18 a 24 anos dobrou, atingindo mais de 31%. O que poderia parecer apenas uma tendência comportamental isolada pode, na verdade, estar diretamente ligada a questões de saúde mental e até mesmo à vida profissional.
O médico Rodrigo Schröder, especialista nos 7 pilares da saúde, alerta que a falta de sexo não afeta apenas o prazer e a reprodução, mas também pode impactar o equilíbrio hormonal e emocional dos jovens. “O sexo tem um papel fundamental na regulação do humor, na redução do estresse e na formação de vínculos sociais. A falta de contato íntimo pode levar a um aumento da sensação de solidão e desconexão”, explica.
Entre os principais motivos para essa mudança de comportamento estão a ascensão da pornografia, a cultura da gratificação instantânea e o medo da rejeição amplificado pelas redes sociais. Segundo Schröder, o consumo excessivo de pornografia pode dessensibilizar os jovens ao contato físico real, impactando negativamente sua vida sexual e afetiva.
Outro ponto importante destacado pelo especialista é a relação entre a vida sexual ativa e o sucesso profissional.
“Pessoas com uma vida sexual equilibrada tendem a ser mais motivadas, resilientes ao estresse e confiantes em suas habilidades. Esses fatores são determinantes para a performance no trabalho e podem, inclusive, influenciar a capacidade de liderança”, afirma.
Para Schröder, manter uma vida sexual ativa e saudável é essencial para o bem-estar físico e mental. “Sexo melhora a qualidade do sono, fortalece o sistema imunológico e reduz o risco de doenças cardíacas e depressão. Não é um luxo, mas uma necessidade biológica para quem busca alta performance em todas as áreas da vida”, conclui.