Publicidade

A distensão muscular — também conhecida como estiramento — é a lesão mais comum entre os músculos, correspondendo a quase 90% dos casos. Apesar de estar frequentemente associada a atletas, ela pode ocorrer em qualquer pessoa, especialmente quando há desequilíbrio muscular, falta de preparo físico ou esforço além do habitual.

Segundo o ortopedista Dr. Fernando Jorge, especialista em Medicina Regenerativa e Intervenção em Dor, diversos fatores aumentam o risco da lesão. “Idade avançada, histórico de distensões, obesidade, certos medicamentos, como estatinas, além do sono insuficiente, contribuem para o problema. A ausência de aquecimento e o cansaço extremo também são gatilhos comuns”, explica.

O que é uma distensão muscular?

A distensão acontece quando há ruptura — parcial ou total — das fibras musculares durante um movimento súbito, intenso ou mal executado. Essa ruptura provoca inflamação local, gerando dor, inchaço, hematomas e dificuldade para movimentar o músculo afetado.

O Dr. Fernando Jorge detalha os graus da lesão:

  • Grau I (leve): poucas fibras rompidas, dor discreta e recuperação rápida.
  • Grau II (moderado): dor mais intensa, inchaço evidente e possível hematoma.
  • Grau III (grave): ruptura extensa, podendo exigir imobilização e fisioterapia prolongada.

A distensão pode ser aguda, quando ocorre de forma súbita, ou crônica, quando surge pelo uso repetitivo de um mesmo grupo muscular — comum em corredores, ciclistas e praticantes de musculação.

O tratamento ideal

O primeiro passo é uma avaliação médica, fundamental para determinar o grau da lesão e evitar recidivas. “Uma distensão mal tratada é a principal porta de entrada para novas lesões”, alerta o ortopedista.

Nos primeiros dias, recomenda-se o uso de gelo para reduzir inflamação e inchaço. Em seguida, o tratamento pode incluir:

Calor local

  • Alongamentos progressivos
  • Fortalecimento muscular gradual
  • Reeducação motora

Nos últimos anos, terapias tecnológicas ganharam destaque na recuperação muscular — entre elas, a fotobiomodulação, que utiliza luzes LED e laser para acelerar a regeneração. “A luz vermelha e infravermelha penetram nos tecidos e estimulam a cicatrização, reduzindo inflamação e dor”, explica o Dr. Fernando Jorge.

Outros recursos que aceleram a recuperação

Além da fototerapia, diversas técnicas ajudam na reparação muscular:

  • Ondas de choque, que estimulam o reparo tecidual e melhoram a circulação
  • Eletroterapia
  • Ultrassom terapêutico
  • Plasma rico em plaquetas (PRP), em casos mais graves

Terapias manuais e exercícios proprioceptivos

De acordo com o especialista, a combinação personalizada dessas técnicas oferece resultados mais eficazes. “Hoje sabemos que o músculo precisa de estímulos específicos para se regenerar corretamente. O repouso absoluto pode não ser suficiente. A recuperação deve ser ativa, gradual e sempre orientada”, reforça.

FONTE: DR. FERNANDO JORGE – Ortopedista especialista em cirurgias do joelho e quadril (HSL-RP), Medicina Regenerativa (Orthoregen BR/USA), Intervenção em Dor (Hospital Albert Einstein) e Medicina Intervencionista da Dor (USP-RP). Membro da SBOT, SOBRAMID, ABRM, ASRM e SMBTOC. Mestre em Biomecânica pela USP. Professor, palestrante e mentor. @dr.fernandojorge

VOCÊ TAMBÉM PODE GOSTAR

Instagram

Twitter