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Foto Divulgação

O rejuvenescimento facial mudou — e muito — nas últimas décadas. Embora novas tecnologias prometam adiar a cirurgia, um movimento recente chamou a atenção dos especialistas: a idade média de quem busca o facelift caiu quase dez anos. Segundo a cirurgiã plástica Dra. Beatriz Lassance, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, isso se explica pela evolução das técnicas. “Hoje conseguimos reposicionar estruturas mais profundas, como a camada muscular, o que traz um resultado naturalmente harmonioso”, afirma.

Do “esticado” ao natural

Nos anos 80 e 90, liftings eram associados ao aspecto excessivamente tensionado. Agora, o cenário é outro. De acordo com a médica, as técnicas atuais tornam o procedimento praticamente indetectável. “É difícil até encontrar a cicatriz. Como não há tensão na pele, tudo parece mais suave”, explica.

Ao mesmo tempo, cresce a chamada “fadiga do preenchimento” — quando o uso repetido e excessivo de preenchedores altera o formato do rosto. Para muitos pacientes, o facelift acaba sendo uma alternativa mais equilibrada: apesar do afastamento temporário da rotina, a naturalidade e a durabilidade dos resultados pesam a favor da cirurgia.

O que evoluiu

Até os anos 1980, o lifting era superficial e baseado apenas em tracionar a pele. O passo seguinte foi o reposicionamento do SMAS, camada que inclui músculos e gordura, porém ainda limitado pela fixação dessa estrutura aos ossos da face.

A grande virada veio com as técnicas de Deep Plane, que ganharam força a partir de 2010. Nesse método, os ligamentos profundos são liberados, permitindo reposicionar os tecidos no vetor correto — vertical, e não para trás, como acontecia antes. Isso reduz o descolamento da pele, preserva a naturalidade e oferece resultados mais duradouros. “Falamos em um rejuvenescimento médio de 15 anos, com a mesma duração aproximada”, destaca Dra. Beatriz.

Recuperação e indicações

A técnica profunda também favorece quem se submete ao procedimento mais cedo, por volta dos 40 anos. “Pacientes jovens cicatrizam melhor, e o resultado tende a ser ainda mais suave”, afirma a cirurgiã.

Mesmo assim, o facelift permanece uma cirurgia complexa, que exige preparo, experiência técnica e cuidados rigorosos no pós-operatório. O tempo de recuperação varia: cerca de duas semanas para a fase inicial e alguns meses até o resultado definitivo.

Cirurgia ou preenchedores?

Para Dra. Beatriz, ambos têm seu espaço. Preenchedores oferecem um resultado rápido e menos oneroso, enquanto o lifting proporciona transformação mais duradoura. “A escolha também envolve o desejo do paciente. E o mais importante: o cuidado contínuo. Quanto mais você se cuida ao longo da vida, melhor você envelhece”, finaliza.

Fonte: Dra. Beatriz Lassance — Cirurgiã Plástica formada pela Santa Casa de São Paulo, com residência em Cirurgia Plástica na FMABC. Atuou no Onze Lieve Vrouwe Gasthuis (Amsterdã – NL). Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, ISAPS, American Society of Plastic Surgery, American College of Lifestyle Medicine e Colégio Brasileiro de Medicina do Estilo de Vida. Instagram: @drabeatrizlassance.

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