O excesso de peso é um dos fatores mais comuns relacionados à apneia obstrutiva do sono, condição que provoca pausas na respiração durante o sono e afeta a qualidade de vida. Segundo o otorrinolaringologista Dr. Paulo Reis, do grupo Bonviv Brasil, o acúmulo de gordura na região do pescoço e da língua estreita as vias aéreas, dificultando a passagem do ar. “O ronco é como o som de uma janela mal fechada: o ar tenta atravessar um espaço estreito, e isso faz os tecidos da garganta vibrarem”, explica.
Embora perder peso possa melhorar os sintomas, o especialista alerta que, em muitos casos, emagrecer não é suficiente. Alterações anatômicas e flacidez muscular também contribuem para a obstrução, exigindo um tratamento individualizado. “Perder peso ajuda bastante, porque reduz a chance de a garganta fechar durante o sono. Mas quando existem alterações anatômicas, só emagrecer não resolve tudo”, complementa o médico.
Dr. Paulo também destaca o avanço de um novo medicamento recentemente aprovado para o tratamento da apneia em pessoas com obesidade. Estudos mostraram que, após cerca de um ano de uso, houve uma redução significativa nos episódios da doença. “O remédio não substitui hábitos saudáveis, mas pode ser um aliado importante em alguns casos”, afirma.
A apneia do sono é mais do que um simples ronco — é um sinal de alerta do corpo. Buscar diagnóstico e acompanhamento especializado é essencial para restaurar o sono de qualidade e prevenir problemas cardiovasculares e metabólicos.
Fonte: Dr. Paulo Reis – otorrinolaringologista especialista em Medicina do Sono e coordenador científico do grupo Bonviv Brasil. Membro da Associação Brasileira de Medicina do Sono (ABMS) e da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF). Instagram: @dr_pauloreis
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