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Mesmo quando tudo começa bem, muitos relacionamentos acabam se desgastando com o tempo. A intensidade se transforma em frustração, o vínculo se torna desequilibrado e a sensação final é de que você se doou demais — ou se envolveu com alguém emocionalmente indisponível.

Segundo a psicóloga Dra. Cristiane Pertusi, com mais de 20 anos de experiência em vínculos afetivos, essa repetição tem origem em padrões inconscientes que carregamos desde cedo. “São feridas que continuam operando silenciosamente, mesmo quando acreditamos já tê-las superado”, explica. A seguir, ela aponta sete padrões emocionais comuns que podem estar sabotando seus relacionamentos — e mostra como começar a transformá-los.

Você se anula para agradar

Dizer “sim” quando o desejo é dizer “não”, evitar conflitos a qualquer custo e abrir mão dos próprios desejos são sinais de um comportamento que pode levar à autonegação. Muitas pessoas associam ceder ao amor, mas quando isso implica se apagar, o relacionamento perde o equilíbrio. “Relacionamento saudável é troca, não esvaziamento”, afirma a especialista.

Você repete o mesmo tipo de vínculo disfuncional

Mesmo com rostos e histórias diferentes, o padrão se repete: você se atrai por pessoas frias, narcisistas ou emocionalmente distantes. Esse ciclo pode estar ligado a experiências da infância, como relações instáveis ou ausência de afeto. O cérebro tende a buscar o que é familiar — mesmo que isso não seja saudável.

Você confunde paixão com amor

Relações que começam como uma avalanche de intensidade frequentemente terminam em caos emocional. A velocidade com que une também separa. “Paixão pode mascarar um medo profundo da intimidade verdadeira. Já o amor saudável é calmo, consistente e construtivo”, explica a psicóloga.

Você assume o papel de salvadora

Quando o parceiro está sempre “quebrado” ou cheio de problemas, e você acredita que vai conseguir consertá-lo com amor, é hora de ligar o alerta. Esse comportamento, muitas vezes, revela uma tentativa inconsciente de compensar suas próprias inseguranças. O resultado? Frustração, sobrecarga e culpa.

Você entra em relações por carência

Buscar alguém para preencher um vazio emocional é um dos principais fatores que levam a relações desequilibradas. A necessidade de se sentir amada, viva ou suficiente pode levar a escolhas precipitadas. “Amor deve ser uma escolha consciente, não um remédio para a solidão”, reforça Dra. Cristiane.

Você vive na defensiva

Quando o medo de sofrer novamente domina, surge a autossabotagem. Esperar constantemente por traições ou abandonos, interpretar tudo como ameaça e colocar armaduras emocionais impedem que o vínculo real aconteça. Proteger-se é legítimo, mas o excesso bloqueia a conexão verdadeira.

Você faz do outro o centro da sua vida

Ao entrar em um relacionamento, você deixa de lado amizades, projetos e até sonhos. A sua rotina gira completamente em torno do parceiro, o que gera dependência e frustração. Relacionamento não é fusão — é parceria. Duas individualidades precisam coexistir para que o amor seja saudável.

Existe saída? Sim — e ela começa por você

Segundo a Dra. Cristiane Pertusi, a chave da mudança está na autoconsciência. “É preciso reconhecer seus padrões, entender de onde eles vêm e aprender a se relacionar de forma diferente. A cura afetiva começa quando você para de buscar no outro aquilo que só você pode se dar: presença, respeito e acolhimento”, conclui.

Nesse processo, a psicoterapia pode ser uma ferramenta transformadora. Afinal, relacionamentos saudáveis não são questão de sorte, mas resultado de escolhas conscientes.

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