Falar sobre saúde íntima ainda é um tabu para muitas mulheres. No entanto, manter um diálogo aberto com a ginecologista é essencial para prevenir doenças e preservar o bem-estar. Questões aparentemente simples podem indicar condições mais graves e, por isso, não devem ser ignoradas. A seguir, a ginecologista Dra. Ana Paula Fabricio, especialista em Ginecologia e Obstetrícia, lista cinco problemas que exigem atenção e conversa franca no consultório.
1. Menstruação dolorosa: quando o alerta deve acender
Cólicas, dores de cabeça e desconforto são comuns durante o ciclo menstrual. Porém, se as dores se intensificam com o tempo, especialmente na região da pelve, reto ou vagina, é hora de investigar. Esses sinais podem indicar endometriose ou miomas uterinos, condições que exigem diagnóstico e tratamento adequados.
2. Odor vaginal fora do normal
A vagina tem um odor característico natural. Entretanto, quando o cheiro muda e permanece alterado por muito tempo, é importante buscar orientação médica. Alterações no odor podem estar associadas a infecções ou crescimento bacteriano, que apenas um especialista pode tratar.
3. Desconforto durante a relação sexual
Falar sobre dor ou sangramento no sexo pode parecer constrangedor, mas é fundamental informar sua ginecologista. Muitas vezes, o problema está relacionado ao ressecamento vaginal, causado por alterações hormonais, uso de anticoncepcionais ou menopausa. O tratamento pode incluir lubrificantes, ajuste no contraceptivo ou reposição hormonal.
4. Incontinência urinária: não normalize
A perda involuntária de urina afeta a qualidade de vida, gerando impacto físico, social e emocional. Apesar disso, muitas mulheres silenciam sobre o problema. Converse com sua médica, pois existem tratamentos eficazes, que vão desde fisioterapia pélvica e eletroestimulação até cirurgias nos casos mais graves.
5. Baixa libido: entenda as causas
A queda no desejo sexual é mais comum do que se imagina e pode ter origem física ou emocional. Alterações hormonais, uso de medicamentos e até depressão estão entre as causas mais frequentes. Em outros casos, fatores externos como estresse também contribuem. Com a orientação correta, é possível encontrar soluções para recuperar o bem-estar sexual.
Converse com sua ginecologista sempre que notar mudanças no corpo ou na saúde íntima. Informação e acompanhamento são os melhores aliados para prevenção e qualidade de vida.
Fonte: Dra. Ana Paula Fabricio – ginecologista com Título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia (TEGO). Graduada em Medicina pela Unoeste, com residência na Santa Casa de Araçatuba. Pós-graduada em Nutrologia (ABRAN), Medicina Estética e Prevenção e Tratamento de Doenças Relacionadas com a Idade. Instagram: @dra.anapaulafabricio
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