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Carla Diaz
Por Vinicius Mochizuki

A estreia dos filmes “A Menina que Matou os Pais” e “O Menino que Matou Meus Pais”, na Amazon Prime, é o assunto da semana. Nas redes sociais, os comentários giraram em torno da atuação de Carla Diaz, que deu vida a Suzane Von Richthofen nos longas. A fisionomia diferente e a mudança de personalidade nos dois trabalhos ainda rendem boas críticas.

Os longas mostram as versões de Suzane von Richthofen e Daniel Cravinhos sobre o assassinato dos pais da jovem, Manfred e Marisia von Richthofen, em 2002. Em conversa com Glamurama, a atriz de 30 anos revela suas impressões sobre as resenhas, conta que o preparo para a personagem foi intenso e como foi trabalhar com o gênero true, além das cenas polêmicas, os desafios da filmagem e mais.

Por Vinicius Mochizuki
  • glamurama

    Os filmes e sua atuação  repercutiram muito. Isso te surpreendeu?

  • Estou feliz com a repercussão porque estamos recebendo muitos elogios de pessoas que trabalham com cinema, o que me deixa honrada. É uma história que eu e toda equipe tivemos muito cuidado e respeito porque sabemos da responsabilidade que é retratar esse caso. É um dos crimes mais chocantes do país e ele, apesar de ter quase 20 anos, ainda é muito forte na memória das pessoas.

  • glamurama

    Qual foi o feedback que mais impactou?

  • Todo feedback me deixa ainda sem acreditar muito. Ver a Anitta, por exemplo, lá dos Estados Unidos querendo assistir foi algo que me chamou a atenção. Receber mensagens de pessoas de outros países também é algo que me surpreende. Estamos em 240 países.

  • glamurama

    Esse trabalho mudou você de alguma forma?

  • É um trabalho diferente de tudo o que já fiz, e é marcante para mim nesses 29 anos de carreira. Eu nunca tinha feito uma personagem real, uma história real, então foi preciso muita concentração e estudo. Mergulhei nesse projeto, assisti vários filmes, li matérias, vi os vídeos da época, ouvi os autos do processo… Fiz uma preparação intensa com a Larissa Bracher (preparadora de elenco) e com o nosso diretor Maurício Eça. Fiz workshop com os autores Ilana Casoy e Raphael Montes. Foi um estudo profundo, gravamos dois filmes em 33 dias mudando de registro a cada cena porque são composições diferentes, duas versões apresentadas no julgamento. Como artista, sinto que estou ainda mais preparada para novos desafios. E mais do que nunca, é o que eu quero: me sentir desafiada com as personagens.

  • Na sua opinião, qual a ordem certa para ver os filmes?

  • Acho mais interessante começar por “O Menino Que Matou os Meus Pais” e depois assistir “A Menina Que Matou Os Pais”.

  • glamurama

    Qual versão acredita mais?

  • Nossas histórias são sobre réus confessos, sentenciados e presos, e são versões. Os dois em frente a um juiz contando seu ponto de vista sobre os fatos. A verdade, somente os envolvidos sabem.  Como atriz foquei no roteiro, na proposta do projeto tentando deixar meu julgamento de lado . Só assim conseguiria fazer as cenas de forma crível.

  • Você chegou a ter contato direto com alguém da família ou até a própria Suzane para construir a personagem?

  • Isso nunca foi cogitado porque não iria acrescentar nada ao projeto. Os filmes são focados nos autos do processo, no que foi dito no julgamento. E também acho importante frisar: os envolvidos não têm relação com as produções e não vão lucrar nada. Assim como os filmes foram todos feitos com incentivo privado.

  • A Suzane se manifestou sobre os filmes ou sua interpretação?

  • Não vi nada.

  • Porque você acha que as pessoas estão tão “apaixonadas” por true crime?

  • Existe uma curiosidade para entender a mente das pessoas que cometem crimes e saber mais sobre o que as levou a cometerem tal atrocidade. E quase como um detetive tentar descobrir algo de novo sobre casos verídicos.

  • glamurama

    Tem alguma curiosidade de bastidores do filme que possa contar para a gente?

  • As falas da sequência do julgamento são fiéis aos autos do processo. Tudo o que falamos foi o que os réus disseram no dia. Aliás, essa sequência para mim é uma das mais fortes de todo o trabalho. Estávamos com toda a equipe reunida no set e o clima era de emoção mesmo. Saber que tudo aquilo aconteceu mexeu com todos nós.

  • Como foi o encontro com Pocah, João, Camilla de Lucas e Juliette para ver os filmes?

  • Eu fiquei muito feliz com o carinho deles. Os quatro foram uma das coisas boas que o ‘BBB’ trouxe para a minha vida. Foi muito gostoso estar com eles. A gente conversou muito, falamos sem parar e ainda assistimos aos filmes.

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