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Com temática que reflete desde a mágica da infância até questionamentos como o uso de I.A. na criação literária, o livro terá a primeira edição especial lançada em 5 de junho na Livraria da Travessa – Iguatemi.

Alexandre Gama – Foto: Claudia Medeiros

“Quem lança mão da poesia para se expressar está criando um dialeto próprio.” É essa reflexão que abre o primeiro livro de prosa poética de Alexandre Gama, um dos nomes mais reconhecidos da criatividade brasileira e internacional. Fundador da NEOGAMA, INOVNATION, e VIOLAB, ele baseia seu processo de trabalho criativo e artístico na tríade Palavra, Imagem e Música.

“Funil” apresenta 39 poemas que exploram inquietações presentes ao longo do mergulho literário do autor, iniciado desde jovem. Convivem em seu novo livro temas diversos que refletem desde a beleza mágica da infância, a força do desejo, as relações interpessoais, até metalinguagens sobre o papel da poesia no mundo contemporâneo.

O olhar lírico do autor não está sujeito a métricas, mas se apresenta neste trabalho através de uma estrutura livre de prosa poética que coabita com ilustrações em serigrafia também criadas por ele. As imagens remetem à estética de um buraco negro, que dialoga com a ideia do funil, ou seja, um campo de alta densidade capaz de atrair elementos que cruzam o horizonte.

Em trecho do poema homônimo, que abre o livro, Gama reflete sobre a questão talvez mais central entre todas na sociedade contemporânea: a imensa quantidade de informação e experiências que nosso modo de vida nos impõe minuto a minuto, dia após dia (“de que modo esse caldo tão espesso e volumoso passa o tempo todo pelo gargalo dos sentidos sem derramar?”).

Em “MMXXIV”, Gama faz uma provocação sobre o uso da inteligência artificial na arte e literatura: “como saber que não são palavras escritas por números? que não é matemática se passando por gramática? que não é algoritmo em pele de sintaxe?”.

Outros poemas também destacam questões muito atuais, como GPS, no qual questiona se “ainda é possível se perder”, incentivando a busca por novos caminhos, enfrentando o que chama de mesmice da paisagem criativa, e Serventia, um questionamento irônico sobre qual a “utilidade” de um poema em um mundo cada vez mais pragmático, em que cita Poema Sujo, de Ferreira Gullar, grande inspiração em sua carreira.

Outros temas atuais e sensíveis também permeiam o livro, como em Culatra, que aborda as armas; O Ar Entre os Dedos, escrito sob influência dos atuais conflitos globais, nos quais a verdade é sempre a primeira vítima; Black Hole, que versa sobre os desejos e o consumismo irresistível e desenfreado; ou Mecanismo, sobre a construção de percepção na mente das pessoas.

 

Sobre o autor

Alexandre Gama nasceu no Rio de Janeiro, filho de pai maranhense e mãe capixaba. É um dos grandes nomes da comunicação e criatividade tanto no Brasil quanto internacionalmente, sendo criativo multimídia, formado em redação, linguagem audiovisual e comunicação pela Fundação Armando Alvares Penteado, além de poeta e músico desde os 15 anos. Publicou o livro “Alexandre Gama – Ideia e Forma” em 2014 e, no mesmo ano, expôs no Museu de Arte Brasileira (MAB) o corpo de seu trabalho criativo multifacetado. Em 2022, criou o projeto conceitual e artístico “Journey to Ataraxia”, que combina “Palavra, Imagem e Música” em uma obra digital hospedada no website https://journeytoataraxia.com, abordando os temas do autoconhecimento e da depressão.

Editado pela Afluente, o lançamento de Funil conta com 200 exemplares de edição especial em capa dura e tecido importado, e sessão de autógrafos em 5 de junho na Livraria da Travessa – Shopping Iguatemi.

 

Fotos: Claudia Medeiros

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