Na noite de ontem, a Praça de São Pedro, no Vaticano, foi palco de um espetáculo singular que uniu oração, música e esperança. Diante de milhares de pessoas reunidas presencialmente — e milhões conectadas ao redor do mundo — Andrea Bocelli descreveu o momento como um “pequeno, mas imenso milagre”, em que a voz mais sincera da humanidade se ergueu em um clamor pela paz e pela dignidade.
O tenor italiano destacou a inspiração do apelo do Papa Francisco para “desarmar as palavras e a Terra”. “A música, voz da alma, dispersa a neblina e traz luz às nossas consciências”, escreveu em suas redes sociais, lembrando a emoção de participar como artista e também como fiel entre tantos, ouvindo testemunhos de esperança e fraternidade.
A força universal da música
O concerto Grace for the World apresentou a arte como linguagem cristalina e universal, capaz de expressar bondade e promover uma revolução interior. Bocelli evocou ainda Goethe, que certa vez disse sobre Roma: “Aqui a história do mundo está unida”. Para o artista, o evento carrega a mesma promessa de renovação, liberdade e verdade.
Estrelas unidas por uma causa comum
O espetáculo contou com a presença de Pharrell Williams, parceiro artístico de Bocelli, além de Karol G, John Legend, Teddy Swims, Jennifer Hudson, Il Volo, Bambam, Jelly Roll, Angélique Kidjo, Monsenhor Marco Frisina, Voices of Fire e o Coro da Diocese de Roma.
Também participaram personalidades como o Cardeal Mauro Gambetti, Graça Machel Mandela e Naomi Campbell. A tecnologia se fez presente de forma poética com os drones da Nova Sky Stories, que iluminaram o céu romano em imagens de forte simbolismo.
Gratidão e legado
O tenor expressou gratidão aos responsáveis pela realização, como o Papa Leão XIV e o Padre Enzo Fortunato, além de todos os artistas e organizadores envolvidos. “Graça para o mundo” deixa registrado o poder da música e da fé em criar laços de fraternidade e despertar consciências para a construção da paz.