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Coletânea nasce da experiência do autor vivendo no bairro boêmio de Paris durante a pandemia.

O cineasta e roteirista de filmes, o mais recente deles Domingo à Noite (com Marieta Severo), André Bushatsky volta à literatura com Pigalle, que será lançado no próximo dia 20 de junho, às 19h, na Livraria da Travessa do Shopping Iguatemi, em São Paulo.

Pigalle é uma região boêmia de Paris que atrai turistas do mundo todo em busca de diversão. Foi nessa mesma região que Bushatsky se instalou durante o isolamento da pandemia. Durante essa viagem, ele tomou notas, mesmo no confinamento.

“Depois do meu primeiro livro, Moridea, que faz parte do universo da literatura fantástica, queria extravasar e me desafiar a desenvolver várias partículas de ideias. Foi com essa vontade latente e andando pela cidade mais inspiradora do mundo que me propus a escrever Pigalle”, explica o diretor.

O livro, lançado pelo selo Faria e Silva, do grupo editorial Alta Books, traz mais do que um diário de viagem. É uma coleção de textos que desafiam gêneros literários, combinando elementos da crônica, dos contos e da memória. Tudo pode ter sido verdade – ou não. Ao leitor, cabe mergulhar nessa prosa poética e bem-humorada que registra de forma colorida o cotidiano parisiense pelo prisma pessoal. Há também capítulos curtos, chamados de Pigalleando, que são pequenas anedotas sobre o bairro e sobre a vida na cidade.

O escritor e roteirista Guilherme Vasconcellos reflete sobre as inspirações de André para o livro: “Foi no bairro boêmio de Paris, cintilante em neon e luz vermelha, entre moinhos mundanos e colinas sagradas, que o múltiplo – diretor, documentarista, produtor, roteirista, escritor – e incomum André Bushatsky se instalou em pleno isolamento da pandemia, bem acompanhado de companhias mitológicas – Picasso, Apollinaire, Hemingway, Van Gogh, Joséphine Baker, Paul Signac, Toulouse-Lautrec, Ivan Turguêniev, tantos, aos pontapés e piruetas de cancan, solstícios festivos, e a voz rasgada de Yvette Guilbert. Por sorte de André, ele também esteve, e segue, por sorte maior, acompanhado da mulher amada. E, por sorte do leitor, fez-se acompanhar das notas viajantes que colheu, fiou, teceu e compôs. Se o confinamento da pandemia deteve deslocamentos e aproximações, não foi obstáculo à observação e à imaginação que resultaram neste livro”.

Roteirista experiente, Bushatsky encontra na criação de imagens um dos pontos mais fortes de seu livro. A combinação entre cinema e literatura aparece não apenas nas menções a filmes ou salas, mas na composição imagética dos textos.

“Quem gosta de cinema tende a gostar de cinema francês. Já nas primeiras páginas do livro, invoco Truffaut, mas também não posso deixar de citar outra inspiração, o longa Meia-Noite em Paris, de Woody Allen. Misturando linguagens, autores e inspirações, nasceu Pigalle”, relata o cineasta.

Pigalle é um livro incomum e único, que desvenda um bairro ícone parisiense pelo olhar de um cineasta que, ao mesmo tempo, resgata sua própria história de vida e suas experiências. É como se ele levasse o leitor ou a leitora com ele em sua jornada. Mais do que textos, uma conversa divertida, espirituosa e iluminadora.

“Os pratos servidos nesse livro são muito diferentes, mas o vinho do estilo harmoniza a refeição. Bom apetite”, elogia o roteirista e escritor José Roberto Torero.

Pigalle é um lançamento do selo Faria e Silva do grupo editorial Alta Books.

 

Sinopse

O livro de André Bushatsky é como um buffet: tem de tudo um pouco. Contos? Tem. Frases lapidares? Tem. Memórias? Tem. Falsas e verdadeiras. Observações sobre livros e filmes? Claro que tem. Poesia? E não é que tem? Alguma carta? Tem. Narrativas de viagem? Tem também. E textos sobre comida? Sim, tem. E saborosos. Os pratos servidos neste livro são muito diferentes, mas o vinho do estilo harmoniza a refeição. Bom apetite.

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